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APRESENTAÇÃO:

SOCORRO LIMA DANTAS, nascida em Recife/PE, é casada, tem três filhos e uma netinha e os considera, pedacinhos dela e frutos do seu amor. É pedagoga, escritora e advogada, exercendo esta última como sua profissão. Nas suas horas vagas, preserva um tempo para escrever e segundo afirma, sente uma grande necessidade de "falar comigo mesma, através da composição". Desde sua adolescência desenvolveu o gosto pela poesia e pelos seus escritos, sem jamais desistir dos seus sonhos e tem como lemas primordiais na sua trajetória de vida, o Amor, a Fé e a Esperança.

ASSOCIAÇÕES LITERÁRIAS:
Membro efetivo da AVSPE – Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, exercendo a função de Assessora Jurídica.
Sócia efetiva da Ordem Nacional dos Escritores do Brasil – ONE, Nº. 479.
Sócia efetiva do Movimento Poético Nacional – MPN nº 776, exercendo a função de DELEGADA em Pernambuco.
Sócia da Associação Portuguesa de Poetas, Nº. 667.
Sócia da Casa do Poeta “Lampião de Gás”, em SP, Nº 978.
Membro integrante da equipe diretiva da ALPAS - Associação Artística e Literária "A PALAVRA DO SÉCULO XXI", de Cruz Alta/RS, exercendo o cargo de DELEGADA em Pernambuco.

Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes (AILCA)
Os Confrades da Poesia – Amora Portugal, membro Permanente, consagrada como Autor, Poeta e Colaborador, título conferido em 30/10/2010..
Participou de várias antologias – Livros publicados no Brasil e exterior;
Prefaciou, comentou e admirou em análise literária alguns livros publicados no Brasil e exterior.
Parecerista da Antologia “PALAVRAS, A LINGUAGEM DA VIDA!”, da Profª Ilda Maria Costa Brasil, em coautoria com os Alunos do 3º Ano do Ensino Médio 2009, do Colégio Conhecer, de Porto Alegre/RS, Ed. BrLetras, Câmara Brasileira de Jovens Escritores, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. (ISBN: 978-85-7810-513-6)

 

LINDAS POESIAS
DE SOCORRO L. DANTAS:

EU SOU O VENTO

Socorro Lima Dantas

Eu sou o vento

que para bem longe

arrasta as tuas tristezas,

renova a tua alegria,

sussurra ao teu ouvido

palavras de amor,

quando estás indeciso

na vereda da vida.

Eu sou o vento

que recolhe tuas lembranças

da infância vivida,

adolescência sonhada

sentimentos esquecidos

passado distante...

Eu sou o vento

que conduz tuas flores

com o bálsamo mais puro

te faz sentir saudades

reviver o teu ontem,

em melodia suave.

Eu sou o vento

que ontem, hoje e amanhã

Estará contigo,

para seduzir tuas emoções,

rechear a tua vida

com o frescor da paixão

na dança da ilusão.

É A FÉ

Socorro Lima Dantas

É a fé

Que envolve a minha vida

Os meus pensamentos e a minha caminhada.

É a fé

Que me faz ver o amor

Em todo o meu amanhecer.

É a fé

Que me faz ver a felicidade

Em todo o por do sol.

É a fé

Que me faz mais forte

Quando a minha caminhada está lenta.

É a fé

Que segreda ao meu ouvido

Cada palavra de fortaleza.

É a fé

Que alivia a minha dor

Quando a lágrima teima em cair no sofrimento.

É a fé

Que me traz a força e a esperança

Anunciando um novo dia de bonança.

É a fé

Que não me aproxima ainda mais de Deus

Na alegria, na tristeza, na dor, na certeza e na incerteza.

Eu sou movida pela fé !

SE EU VOLTASSE A SER CRIANÇA

Socorro Lima Dantas

Seu eu voltasse a ser criança,

viveria tudo o que vivi,

seria mais uma vez a mesma peralta menina

que o papai, às vezes repreendia,

outras, ele sorria de alegria...

e assim, eu viveria duas vezes a minha infância feliz !

Se eu voltasse a ser criança,

subiria nos manguezais, meu preferido local

para estudar e ler entre os galhos

e suas frutas deliciar !

Eu correria pelas ruas descalça,

brincaria de esconde-esconde, pega-pega,

jogaria vôlei de rua, em quadras e redes improvisadas,

e com a ponta dos dedos, dava o passe de toque.

Se eu voltasse a ser criança,

Jogaria bolinhas de gude no vera, prá valer,

bastava um pedacinho do meu chão

para tudo acontecer !

Com as pontas dos dedos,

Pegaria todas as borboletas coloridas

no jardim da mamãe ao entardecer,

e colocaria em meu caderninho,

para a minha coleção abastecer.

Se eu voltasse a ser criança,

sonharia com o arco-íris,

e ficaria horas contando as cores,

e imaginando quem o havia pintado lá no céu,

e queria entender porquê

ele não mudava as suas tonalidades.

Se eu voltasse a ser criança,

escondidinho do papai, pegaria a sua bicicleta

e pedalava livre e solta,

percorreria o caminho das rosas

para colher as mais brilhantes e cheirosas

e na volta, a mamãe ofertaria!

Se eu voltasse a ser criança,

Eu pegaria o sol com as mãos

e iluminaria as minhas noites escuras,

para adormecer sem medo do crepúsculo,

e as minhas borboletas em meu caderninho ver.

E pararia aquele tempo tão lindo

Para viver sempre a criança que fui:

sonhou, brincou, traquinou

e a felicidade da vida ganhou,

e viveria todos os dias, tudo outra vez !

CAMINHOS...

Socorro Lima Dantas

Foram tantos os caminhos que percorri,

uns felizes, outros em dor.

mas todos me levaram a sabedoria,

e a enxergar a vida colhendo o amor.

Segui rotas desconhecidas,

desbravei as estações da vida

e nelas, sobrevivi sem manual,

guia, rumo ou direção,

fui seguindo, apenas com a intuição do coração:

sorri, chorei, padeci, lamentei,

dores eu senti !

Muitas alegrias eu vivi,

felicidades e afetos

em abundância eu conheci.

Foram caminhos com estradas longas,

trilhas partidas, atalhos seguidos,

alguns estreitos, outros largos

e às vezes, sem saída,

com rápidas decisões a serem tomadas,

sem tempo para mensurar qual o certo ou o errado

fui vivendo e seguindo os caminhos,

que me levaram a descobrir

o verdadeiro sentido do meu viver.

DILEMA

Socorro Lima Dantas

Dentro de mim, há um dilema,

Que me alaga de lembranças

Recolhidas na memória,

Do tempo que não quer prosseguir...

Ah, essência tão presente,

mas tão minha, que não a deixo escapar !

Já nem sei se devo estagnar o tempo

Ou se devo deixar-lo escoar livremente,

Sem ter que esconder o sentimento.

Mas as nuances da fantasia me prendem,

E a todo o momento, vou enchendo as linhas vazias

que necessitam de animação.

Vou rabiscando aquilo que está preso dentro do peito,

Neste momento, sinto que a memória

não quer abafar o que passou.

Ah, que dilema é este que invade a alma ?

Uma parte de mim quer parar

A outra, insiste em continuar a falar e falar...

Mas ninguém me ouve ! por que ?

Eu realmente desejo que me ouçam ?

Não sei por que este embaraço,

Estas interrogações constantes

Que Insistem em fisgar o peito !

Mas a peça da vida que ficou prá traz

Teima em seguir, volto a pensar,

Deverei continuar ?

Deixar que os olhos sequem,

ou as lágrimas escorram pelo rosto

em demasia, como outrora ?

consulto a minha estrela, companheira das noites vazias,

mas o seu brilho hoje, está ofuscante,

e não me permite continuar.

Desisto de tudo, vou calar a alma em sofrimento,

porque o dilema não afasta os espaços infinitos.

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editei para a poeta Socorro L. Dantas.



Obrigada, pela sua visita!
Yara Nazaré