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Nesta
página faço
a minha homenagem a
ÓGUI MAURI, o poeta
e amigo.
Ógui, é o ilustre
amigo das letras, das artes,
de inconteste sensibilidade
poética, além
do ser humano grandioso que
na sua trajetória de
vida, dissemina o respeito
e o amor pela família,
pela pátria, pelos
amigos, pela fraternidade
e união!
Yara Nazaré
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Ógui
Lourenço Mauri
Nasceu
em Irapuã (SP), a 10/08/1942.
Vive atualmente em Catanduva
(SP).
É formado em
Contabilidade e Administração
de Empresas. Fez carreira
no Banco
do Brasil S.A., onde ingressou
em 1964 por concurso público
e ali se aposentou
como Gerente
Geral de Agência. Exerceu
paralelamente, durante vários
anos
e em horário noturno,
a atividade de Professor de
Contabilidade, Estatística
e Língua Portuguesa.
Sempre se interessou pela
leitura de bons livros, revelando,
inclusive, certa aptidão
para a crítica literária.
Somente mais tarde, com a
chegada da Internet, começou
a escrever poesias,
incentivado
por amigos, em especial pelos
poetas Marilena Trujillo (brasileira)
e Alberto Peyrano (argentino).
É autor do"E-book",
JANELA DA VIDA e,
sem possuir
um site próprio, tem
seus escritos publicados em
vários sítios
literários
da "Net".
Vale constar que é
jurado permanente de "A
Grande Chance",
site
de concursos literários
de âmbito internacional.
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MINHA
MÃE... UMA SAUDADE!
Ógui
Lourenço Mauri
Mamãe, sinto-me tão
órfão e solitário,
um vazio me deixa triste e
sem ação...
Em meu íntimo, choro
muito de emoção
à chegada do Dia das
Mães no calendário.
Como
eu gostaria de ter o compromisso
de ainda ir à loja
e comprar o teu presente,
de passar a teu lado um domingo
diferente,
e de muitos dias antes, feliz,
só pensar nisso.
Saudoso,
ainda me lembro de tuas reações,
de teu choro de alegria, com
gestos todos teus,
diante da vasta prole, abençoada
por Deus,
cenas já sem reprise;
hoje meras recordações.
Como
era fácil teu sorriso
a qualquer piada,
mesmo das sem graça
que um dos filhos dizia;
que saudade da família
reunida com alegria,
que vontade de saborear tua
macarronada!...
No
Dia das Mães, agora
só me resta um afazer,
levar flores à tua
campa, numa esporádica
visita,
beijar aquela tua foto, de
mirada meiga e bonita,
ritual que vai se repetir
enquanto eu não morrer.
07.05.2004
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AO
MEU PAI, NO ALÉM...
Ógui Lourenço
Mauri
Meu pai, você continua
vivo em meu coração,
embora não esteja mais
no meu convívio;
é pensando em você
que recobro o alívio
e sinto que de onde está
ainda me dá a mão.
.Tenho
como bússula a sua
figura no além,
conferindo minhas vitórias
e meus fracassos;
sei que está aí,
acompanhando meus passos,
noto sua força me encaminhando
para o bem.
Sua
abrupta partida para um plano
superior
sequer interrompeu os seus
ensinamentos,
pois eles me surgem em todos
os momentos,
como postulados, afeitos ao
trabalho e amor.
À minha prole tenho
repassado sua diretriz,
que fez de mim um homem à
sua semelhança,
adepto da luta, sem nunca
perder a esperança
e um condutor persistente,
de uma família feliz.
Às vezes me dá
uma vontade incontida
de irmos juntos a um estádio
de futebol,
torcer pelo "Verdão",
com chuva ou com sol,
os dois alegres ou tristes
ao final da partida.
Ainda sinto falta de sua indisfarçável
satisfação
ao contar aos amigos os avanços
de cada filho;
nessas horas, seus olhos revelavam
tanto brilho,
pondo à mostra as dimensões
dum paternal coração.
Quem
me dera estar este seu filho
agora
comprando seu presente para
o Dia dos Pais,
preocupação
gostosa, que não terei
jamais...
Que pena, meu Velho, que já
tenha ido embora!
05.08.2004
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RETRATO
DE MULHER
Ógui Lourenço
Mauri
Pobre mãe-menina, marginalizada!
Que deu à luz debaixo
de uma ponte
um ser de paternidade ignorada...
Agora, mãe e filho
sem horizonte!
Malvista, miserável
e mãe solteira;
retrato de mulher achado no
lixo,
pelo jeito, vai passar a vida
inteira
enfrentando do destino o seu
capricho.
Socialite às avessas
no jornal,
com um filho recém-nascido
na vida,
às vezes sai no noticiário
geral:
retrato de mulher pedindo
comida!
Ah, se a cronista da página
social
não se preocupasse
só com as madames!...
E mostrasse à sociedade
por igual,
outro retrato de mulher, das
infames!...
Só assim creio que
seria possível
à camada rica se dar
uma pista
do quanto ela se mostra insensível,
tão voltada para si,
tão egoísta!
Retrato de mulher, foco de
beleza!
Impróprio para propagar
mendicância.
Não podemos contrariar
a Natureza...
Retrato de mulher é
só elegância!
21/02/2005
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JANELA
DA VIDA
Ógui
Lourenço Mauri
Como um ser da luta e persistente,
Tento ver a vida desde uma
janela
E meus olhos, sempre a partir
dela,
Enxergam com otimismo lá
à frente.
Com
certeza, minha vida é
o cenário,
Que, bem ou mal, vejo desde
a janela;
Se com bons olhos... toda
a vista é bela,
Se com olhar estrábico,
vira um calvário.
Quanto
mais aberta essa janela da
vida,
Mais surgirão as oportunidades
do bem;
Às minhas preces, os
anjos dirão amém
E sempre terei amigos me dando
guarida.
A
janela da vida não
deve ficar fechada,
Precisa se safar dos males
da escuridão;
A janela da vida tem que nos
dar a opção
De avistar o horizonte de
forma ampliada.
Da
janela da vida, construo meu
futuro,
É a partir dela que
planejo meus passos,
Distingo de longe possíveis
embaraços
A tempo de eliminá-los
e caminhar seguro.
08/06/2004
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CANÇÃO
DA VIDA
Ógui Lourenço
Mauri
A
vida é uma canção
envolvente,
cujos solfejos são
a esperança;
as estrofes, os passos à
frente;
o estribilho, a perseverança.
Colo de mãe, primeira
canção...
Que faz dormir ao peito materno.
De mãe para filho,
a sensação...
de um cordão umbilical
eterno.
Cantos orfeônicos na
escola;
adolescente, preso à
TV.
Hino do time que é
bom de bola,
tudo é canção
a nossa mercê!
Ao adulto, a canção
é constante.
São lentos às
vezes seus compassos,
mas seu alvoroço é
mais flagrante,
com imprevistos e embaraços.
A vida, enfim, é uma
partitura.
Somos o maestro com batuta.
Damos o ritmo à lide
dura,
temos tudo pra ganhar a luta!
30/07/2005
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AH...
O CARNAVAL DE OUTRORA!
Ógui Lourenço
Mauri
Tenho saudade do antigo Carnaval...
Quem me dera poder ver tudo
de novo
sem o engodo da intervenção
oficial,
tudo sob a espontaneidade
do povo!
Como era gostoso ver a multidão
pondo pra fora os males do
ano inteiro,
alheia às regras da
televisão,
querendo alegria em vez de
dinheiro.
"Passarela do Samba"
não existia...
Nada era feito só para
os turistas.
Que pena!... Tudo está
mudado hoje em dia,
Carnaval virou um desfile
de artistas!...
Qual a graça de cantar
o samba-enredo,
lendo os versos distribuídos
na hora?
O "folião"
é tratado qual brinquedo...
Que saudade das marchinhas
de outrora!
Como eu queria brincar com
minha amada
sem me ajustar a essa metamorfose...
Abraçados, na avenida
iluminada;
de todos, a "Praça
da Apoteose".
03/02/2005
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Obrigada pela sua visita!
Yara Nazaré
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