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Nesta
página faço minha
especial homenagem a nossa querida
amiga e poeta, Mary Trujillo
que nos enriquece com a sua
arte, alegria e poesia.
Com carinho.
YARA NAZARÉ
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VOLTEI
MEU CIGANO!
(Marilena Trujillo - 02.12.2004)
Há quantas eras nos
queremos minha vida?
Voltei meu cigano, sou teimosa,
voltei!...
Uma cigana nunca desiste,
ama e insisti.
Você é meu, eu
sei, eu sei, sempre o amei!
Na boca trago o beijo da saudade
milenar.
Venho disposta a enlouquecer,
quero amar!
Na minha dança frenética,
quero prender
Seu corpo, beber seu licor,
até o sol raiar!
Que essa fogueira seja eterna,
luzindo,
Refletindo todo o desejo que
nos queima.
A festa é nossa, o
resto? – Pouco importa.
Sou sua cigana aquela... doce
e pequena...
O tempo passou, mas seus olhos
são
Os mesmos, a paixão
ainda está neles.
Tudo é tão mágico,
insólito, tão
quente...
Fascinada me vejo em seus
olhos verdes.
Vai cigano, confessa, agora
será para sempre.
Chega de adiar, negar o que
o coração sente.
Pagamos o pecado, solidão
de todas as vidas.
Sina cumprida, nova existência,
alegria presente!
Viva nos dois, viva o amor,
o Criador!
O céu que nos assiste,
a estrela guia!
Essa música que nos
envolve e inebria!
Viva a nossa redenção,
vida minha!...
UM
CERTO MANOLO
Marilena Trujillo
Hoje é o seu Dia, aquele
dia que me fazia
Antes preocupada, ansiosa,
eufórica,
Pensando na surpresa que faria
E no seu sorriso largo, tão
bom de se ver,
Aquele seu ar de menino ainda...
Tudo era festa e riso, música
e dança...
A família reunida,
seu prato predileto,
O vinho, seus casos narrados
com graça...
Ah... como me envolviam!...
A Tv ligada, seu colo, seu
abraço
E por fim a dança,
o tango,
E eu levada por seus braços
De mestre, dançarino
de primeira...
Gargalhadas, abraços,
beijos, carinhos...
Festa... só festa!...
Hoje o vazio, a saudade imensa
e dolorida
De um homem maravilhoso,
um certo e doce Manolo que
passou
Por minha vida!
Mari
Trujillo
Mari
08.08.2004
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O
POETA VERDADEIRO
Marilena Trujillo - 17/10/04
O poeta verdadeiro
É como um vulcão
explodindo
Todas nuanças de cor,
de amor à vida...
Morrendo para renascer em
cada
Verso. Nascendo em cada lágrima
Derramada no decorrer da estrada.
O poeta é o médico
das almas
Desvalidas, esquecidas e cansadas...
Ser poeta é querer
que todas
As dores do mundo sejam
Curadas, com o carinho das
palavras.
O poeta é andarilho
do mistério
Rei da clarividência...
Alheio ao desamor e ao ódio...
O homem do mundo sem moradia
certa.
De papel em punho desmascarando
A face dos cruéis...
Secando as lágrimas
dos injustiçados.
O poeta verdadeiro é
aquele que veste de
fantasia, o amor sonhado por
tanta gente...
Menestrel das noites e madrugadas...
Anjo da guarda dos renegados,
Dos que andam sem rumo pelas
calçadas.
O verdadeiro poeta povoa sua
solidão
De risos, música, rimas,
estrofes encantadas...
Esquecendo que é apenas
um homem e
Mais nada...
DUAS
ALMAS...
Marilena Trujillo - 14.09.2005
Nas linhas das suas mãos,
a cigana
Leu sua saga, seu próprio
destino....
Seria ferida mortalmente por
aquele
Que dizia ser o seu amor divino...
O amor de tantas eras, abençoado,
Sonhado, esperado a vida toda...
Não acreditando no
presságio, seguiu
Amando, amando como uma louca!...
Esquecendo que ela existia,
viveu
Dele, só para ele,
só dele inteira...
Cigano nenhum conquistou seu
amor,
Mas para ele, ela era só
uma rameira...
Em uma noite cinzenta e fria...
Ela encontrou seu cigano com
outra,
Aquela cena atravessou seu
coração,
Ferindo mortalmente como uma
lança.
Nessa hora o cigano descobriu
Que ela era o seu amor, sua
vida,
Gritou desesperado: - Acorda
amiga!
Para ela, a sina estava cumprida...
Hoje em noites de luar, duas
almas
Vagam perdidas, uma lamenta
e chora,
A outra, aflita grita por
perdão, perdão!
Uma vaga em seu pranto e a
outra implora!
Perdão descobri que
era você
O meu grande e verdadeiro
amor!
Ela sempre responde:
- Vá embora por favor!!!!
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ANJO
LOUCO DAS LETRAS...
Marilena Trujillo
Poeta, anjo louco das letras,
Escritor de palavras cruzadas...
De sentimentos não
correspondidos,
Indecifráveis, picantes
e proibidos...
Vai poeta rabiscando seu verso,
Derrama com sua mágica
pena,
A constelação,
o arco Íris...
É fácil colorir,
recriar essa cena.
Voar, fugir da crueldade da
vida,
Que cutuca sua ferida em dor
atroz.
Destila a beleza rara que
não existe,
Onde a esperança enferma,
mal resiste...
Completa seu verso com um
final feliz,
Diga que não há
mais ódio, nem fome,
Que a guerra acabou, a paz
chegou,
Curtindo a dor da mentira.
até a raiz ...
Ah... poeta fingidor, bobo,
insano...
Palhaço talentoso,
fazendo a platéia sorrir.
Esperando sob a mesa, míseras
migalhas
Do afeto inventado, sonhado,
perfeito...
Falando do amor que nunca
teve,
Nem tem mais jeito. Pintando
o céu
Mais azul, o mar calmo e sereno...
Minta, minta sempre, corajosamente!
Esconda nas entranhas toda
decepção
Que a pequenez humana lhe
causou ...
Há de chegar o dia
de cantar e sorrir...
Viver será um noturno,
uma canção...
Sua voz um grito de êxtase
e alegria,
Ainda que no peito esteja
parando,
Quase morrendo... o idiota
coração!
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Leia
o E-Book, DOCE CIGANA que
editei para
Mary Trujillo, clicando na
capinha abaixo.
Obrigada, pela sua visita.
Yara Nazaré
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