NOSSAS
JANELAS
Autoras:
Yara
Nazaré, Luísa
Fernandes, Vanessa Maria,
Thereza Mattos, Cleidiner
Ventura, Schyrlei Pinheiro,
Marcial Salaverry, Mary Fioratti.
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MINHA
JANELA
(Yara Nazaré - 10/02/04)
Quantas
lembranças
Guardo daquela janela
Que em todas as tardes
Sempre na mesma hora
Eu corria para ela
Só para te ver passar.
Logo
que eu avistava
Tua elegante figura
Chegando na esquina
Meu coração
disparava
Meu rosto todo corava
E arriscava um sorriso.
Um aceno eu recebia
E logo correspondia
Com um gesto delicado
Piscavas o olho para mim
Beijavas de leve a mão
E com um sopro certeiro
Enviavas teu terno beijo
Na minha direção.
Eu
sorria encabulada
Fazia de conta que pegava
No ar aquele presente
Guardava com carinho
Como se um tesouro fosse.
E
no dia seguinte...
Vestia-me com primor
Com fivelas no cabelo
E um suave perfume
Sem esquecer da hora
Corria para mesma janela
Ansiosa a te esperar.
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A
MINHA JANELA
(Luísa
Fernandes-10/2/04)
Da
janela de meu quarto,
Olho
e vejo
O
Mundo a gritar.
Passam
casais de mão dada
Crianças
a brincar,
Velhinhos
apoiados à bengala.
De
minha janela
Vejo
Um
pardal e a namorada.
Vou
e observo,
Namoro
e brinco
Com
esta janela
Que
é o Mundo para mim.
Mais
além voa uma borboleta
Que
encanta e destoa
E
no prado apregoa
Uma
Primavera obsoleta
Que
chegou à toa.
De
minha janela vem
Uma
luz secreta
Que
só interpreta
Quem
sentimentos tem.
É
um local secreto,
Um
recanto valioso
Onde
namoravam
Nossos
avós.
Quantas
palavras doces…
Mas
ela não tem ouvidos
Quantos
beijos secretos
Mas
ela nem repete…
Esta
minha janela aberta
Para
o Mundo
Tudo
observa,
Tudo
sabe,
Mas
nada apregoa…
Tudo
acontece,
No
Mundo lá fora
Mas
ela, no seu interior,
Protege
meus segredos
Dos
olhares indiscretos.
Na
janela de meu quarto,
Sinto
que sou rainha
Dona
do império
Que
ela me cede.
Da
janela de meu quarto,
Olho
e vejo
O
Mundo a gritar.
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A
MINHA JANELA
(Vanessa
da Silva Graça-10/2/04)
A
minha janela é quente
E
bela,
Acolhedora
E
muito conversadora.
Conta-me
o que vê
À
sua vontade,
Mas
só coisas
De
grande beldade.
Uma
delas é o Sol
Em
forma de girassol.
Outra
é o céu
Azul
como um véu.
Pessoas
acompanhadas
Falando animadas,
Pássaros
a voar
Ao
sabor do ar.
Estou
com saudades
De
ser criança e brincar
Vista
e acarinhada
Pelo
simples olhar
De
minha mãe a mirar
Através
da vidraça
Da
minha janela,
Que
sempre foi
e será
Quente
e bela.
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MINHA
JANELA
(Thereza
Mattos-12/2/04)
Ao som dos pássaros
cantando
Uma melodia singela
Vejo o sol no céu brilhando
Abrindo a minha janela...
Lindas flores perfumadas
Odores que vem do jardim
Fadinhas lindas e encantadas
Sorriem de longe para mim...
E eu ainda adormecida
Feliz pelos sonhos que sonhei
Sinto a vida tão querida
Amando-te como sempre te amei....
Olho para ti, ainda dormindo
Talvez sonhando comigo
No teu rosto tua boca sorrindo
Meu amor, meu amante, meu
amigo...
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SUA
JANELA
(Cleidiner
Ventura-25.11.2003)
Ah! se voar eu pudesse...
como
pássaro
estaria
em
tua janela
a
cantar!
Todas
as manhãs,
de
sereno e de orvalho,
no
frio balanço da brisa
estaria
a te acordar.
No
silêncio de todas
as
tardes
na
sombra de velhos galhos
nas
frondosas árvores
de
tua rua,
estaria
a cantar!
-Chegaria
por certo
a
atingir teu coração,
esse
cantar sereno
de
manhã
de
tarde
e
ao
anoitecer?
Ah!
se voar eu pudesse!
Se
ao coração
meu
canto
não
comovesse
não
deixaria de cantar...
O
eco do canto meu
a
te acompanhar
por
toda a vida
por
certo o faria ver
o
tamanho de meu amor!
Ah!
se voar eu pudesse!
Em
sua janela faria morada!
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SUA
JANELA
(Schyrlei Pinheiro)
Meus olhos não se cansam
de olhar sua janela,
sempre aberta,
até mesmo nos dias
em que o tempo se fecha
e descem as cortinas
de lágrimas doces.
Sinto, internamente,
sua luz penetrando
no meu ser,
clareando o dia,
anunciando a bonança
de seu carinho,
sempre acolhedor,
aquecendo minha alma,
iluminando as promessas de
amor.
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AQUELA
MENINA NA JANELA
(Marcial Salaverry)
Lembrar daquela menina na
janela...
é lembrar do primeiro
amor...
Doce emoção
que me embala o coração...
Olhares trocados,
doces e apaixonados ...
Na madrugada, o sinal era
a toalha dourada...
A árvore ao lado...
cúmplice do encontro
apaixonado...
O galho quase na janela
semicerrada...
E pronto...
Paixão consumada...
Até o dia que deu a
coisa errada...
Nunca mais vi a menina na
janela...
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JANELA
(Mary Fioratti)
Janela
da minha alma
Tanto tempo
Emoldurada de ilusão
Debruço hoje
Em seu parapeito imaginário
Observando a minha vida
Que passa
Sentindo uma mudança
Intensa e bela
Um vento doce
Que balança a cortina
Do meu “eu”
Janela da minha alma
Hoje eu não quero paisagens
tristes
Hoje eu não quero essa
chuva
Que nao passa…
Hoje eu não quero aquela
dor
Que não vai embora
Quero muito hoje
Ser a artista imaginária
do meu destino
Pegar meus pincéis
de ternura
Minhas tintas de amor
E pintar uma paisagem
Sem nenhuma amargura
Janela da minh’alma
Que esta paisagem
Possa ser cheia de flores
Cheia de cores
E que possa ser
Eterna
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Obrigada pela sua visita.
Yara Nazaré