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APRESENTO a nossa

 

e agradeço a todos que participam com seus lindos versos!
Com carinho.

YARA MARIA

(Ano de 2004)

 

(Tela Saber - Óleo sobre tela - Yara Nazaré/1993)

 

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"Folhas, folhas, folhas... folhas de papel, folhas virgens na gaveta...
folhas soltas ao vento, folhas brancas e amareladas... folhas à espera de que nelas sejam registradas, emoções, lembranças, momentos... plenos de rimas e encantos"!
De: YARA NAZARÉ, em homenagem a todos
os poetas que participam desta ciranda.

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FOLHA EM BRANCO

 

(Patricia Montenegro)

28-09-04 – 2.30 horas

Hoje guardei a minha pena..
Amassei minha folha em branco..
Deixei-a repousando em um canto..
As palavras não surgem..
Confundem-se dentro de minha mente..

O coração está machucado..
A alma ferida..
Os sentimentos confusos..
As lágrimas embaçam meus olhos..
E molham meu rosto..

Uma tempestade surge dentro de mim..
E não sei para onde seguir..
Não..
Hoje não adianta..
Os versos não irão surgir..

Só me resta esperar..
O sol retornar..
A minha alma acalmar..
Fazendo essa tempestade passar..
Hoje..
A folha em branco vai ficar...

 

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MESMO ASSIM


(Yara Nazaré - 11/09/04)


Há dias assim...
Tudo pode acontecer
E nada querer aparecer
Com começo nem fim.

Há dias mesmo assim
Olho em volta e nada vejo
As idéias por si vagueiam
Sem rumo e sem precisão.

Há sim, há dias assim
Estendo a mão e não alcanço
O olhar percorre quilômetros
Sem imagens a delinear .

Mas elas sim, estão lá
É só querer enxergar
E na folha toda branca
Deixada ao acaso do nada
Desenhar com a imaginação
Escrever o que vem n'alma
Com as letras do coração!

 

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UMA FOLHA DE PAPEL

(Nadir A D’ONofrio)

Uma folha de papel,
Caneta e pensamentos,
Convite, para um texto compor.
Aqui deixarei expresso,
As tentativas, acertos,
Conquistas, alegrias,
Sucessos, emoções.

Lembrarei também meus ancestrais,
Irmãos, primos, sobrinhos,
Parte fundamental da minha história.

Falarei dos meus amores,
Momentos bons que vivenciei.
Não esquecerei dos verdadeiros amigos,
Anjos humanos, que encontrei.
Comigo, sempre estiveram na alegria e na dor...

Amargura, traição, falsidade,
Energias nocivas...
Que só maldade tentou implantar,
São sentimentos nefastos...
Uma borracha...passei do cérebro deletei!

Guardar rancores...para quê?
Tenho algo melhor por fazer...
Deixar para a posteridade,
Somente exemplos bons...
Amor, educação, justiça, gratidão,
Amizade, fé, honestidade, sinceridade.
Elementos básicos, no alicerce estrutural humano.

27/10/2004/Santos

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EM BRANCO PERMANECERÁ

(Lena Basso)

Peguei o lápis,

Uma folha de papel em branco
Com a intenção de nele passar
Toda a dor que me vai na alma,
provocada pela sua traição.
Meu pensamento se reporta
Por onde devo começar,
Procurar um motivo para aí citar.

Foram tantos, que não deu para
mencionar pelo menos um
para o poema começar...
À medida que que as lembranças
afloram e são revividas,
as lágrimas teimam em cair.

Como não consigo impedi-las,
vão escorrendo pelo rosto
e encharcam meu papel.
O pranto alivia minha dor,
coloco o papel para secar,
A tristeza ficara dentro do peito
e a folha em branco permanecerá!

 

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UMA FOLHA DE PAPEL

(Marcial Salaverry - 12/10/04)

Quantas coisas colocamos
em uma simples folha de papel...
A quem amamos,
dizemos palavras de mel...
Para quem não gostamos,
podem ser de fel...

Nossas esperanças colocamos,
quando a um emprego nos candidatamos...
Alguma mágoa ao nos despedirmos,
se uma carta de demissão emitirmos...

Cartas guardávamos,
por relendo-as, nos magoávamos,
ou nos alegrávamos...
Cartas amarelecidas pelo tempo,
de felicidade, ou algum contratempo...

Agora... com o teclado e o computador,
a folha de papel quase perdeu seu valor...
Mas sempre a usaremos,
e nela escreveremos,
quando algo quisermos guardar,
sem perigo de deletar...

 

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A CARTA QUE NÃO ENVIEI

 

(Tarcísio R. Costa - 28.04.04)

Cheguei a escrever-te uma carta
Que você, infelizmente, não a recebeu.
Nela eu dizia como estava o meu coração.
Falava dos meus sonhos, das minhas fantasias,
Das minhas manhãs alegres de noticiais tuas,
Do crepúsculo triste das minhas saudades...
Relembrava os nossos encontros e anseios...
Falava de dúvidas, das pedras nosso caminho.
Lembrava dos teus olhos cheios de lágrimas,
Dizia-te da felicidade que me traz o teu sorriso...
Perguntava sobre ti, se sentes saudades,
Se, ainda, eu continuava no teu coração.
No final, lia-se: Com saudades
De quem te ama.

A carta não seguiu,
Houve ruptura da nossa relação.
Hoje, de ti restam-me lindas lembranças.
Envio-te uma cópia daquela carta para saberes
O que passou, com a tua falta, o meu coração,
Depois daquele adeus... Dos desencontros
Que aconteceram nas nossas vidas.
Nunca mais meus olhos te viram,
Este rascunho retrata
Um amor perdido.

 

**********

 

FOLHA DE PAPEL

 


(Mercília Rodrigues)

Desafia-me ! Intacta, solta e branca .
Zombas da minha pobre inspiração ?
Nada para oferta-te, para ser franca .
Perde-se o pensar sem emoção ...

Mas houve um tempo ... Que cumplicidade !
Eu, meus sentimentos e tu nas minhas mãos .
Juntávamos o verdor da mocidade
E paciente entregavas a mim a ilusão !

Deixava-te, de meus beijos, os borrões .
Recebias formas flexados por cupido
Desenhados já desgastados corações .
Era assinalado em ti o indefinido !

Hoje me és um desafio tremendo,
Pois de tanto que me viste sonhar,
Sabes que aos poucos fui perdendo
A intimidade com o verbo amar !


mercilia.rodrigues@terra.com.br

 

*************

 


UMA FOLHA DE PAPEL


(Thereza Mattos)


Uma folha de papel é importante
ao nascer precisamos dela
para o registro de nascimento
ao morrer também precisamos
para provar nosso falecimento ...

Uma folha de papel aceita tudo
tudo que se queira escrever
do mais simples até o profundo
sonhos de amor, despedidas
declarações apaixonadas
contas vencidas
contas que vão vencer!


As vezes marcadas por lágrimas
misturadas ao grafite ou a tinta
manchando a caligrafia
são letras rabiscadas
muito mal acabadas
escritas em agonia.


Outras vezes a folha enfeitada
com pequenos corações
são cartas apaixonadas
de pessoas expressando emoções
nem sempre correspondidas
e muitas vezes esquecidas...


Quando o carteiro entrega
uma carta em nossas mãos
sem sabermos o que contém
dispara o coração
que será que dentro tem
demoramos para abrir
qual será a sensação
vamos chorar ou sorrir?


É nesse pedaço de papel
que está escrito o destino
forjado por um cinzel
esculpindo nossas vidas
pode mudar tudo
ou apenas continuar
um pedacinho de papel
que surpresa vai nos dar...

 


*************

 


FOLHA DE PAPEL

 

(Valeriano Luiz da Silva - 12/10/04)

Pego uma folha de papel

Não encontro caneta, apanho o pincel,

Volto ao tempo do menestrel

Ou tento escrever cordel

Com o coração triste nada me anima

Então vou tentar escrever usando a rima

Já estou cansado verei se sai um texto

Mas qual será o tema? este é meu pretexto,

Vejo que a maré não está pra peixe

Peço ao desânimo que me deixe

Não surge nada na mente

Ainda bem que não estou demente

Ai! que vontade de escrever

Mas escrever o que?

Parece que sou pessoa analfabeta

Não sei se começo pela letra alfa ou pela beta

Persisti e encontrei uma caneta

Faço rascunho na caderneta

Começo escrever rápido como atleta

Não tendo mesa apoio na prancheta

Sentado na minha banqueta

Penso, que lindo é o dom da letra...

Quem não tinha nada pra escrever

Já fez uma crônica para o povo ler

Mas fica a dúvida, será que prestou?

O que vai dizer o leitor?

Daí eu coloco na rede

Onde tem leitor com fome e com sede,

Mas aguardo ansioso

Que um leitor corajoso

Mande-me um comentário negativo

Posso ter errado por algum motivo

Logo sinto alívio

Atingi meu objetivo

Alguém responde com elogio...

Acabou meu calafrio

Poeta, você tem o dom de escrever,

Pegue o papel sem temer

Com uma letra você vai começar

Mas com muitos versos você terminará.

valerianols@globo.com

www.albumdepoeta.com

 

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FOLHAS DE PAPEL AO LÉU

 

(Eda Carneiro da Rocha)

São tantas as folhas...

E nada escrevi!

Queria tanto falar do meu amor!

Não consigo!

Só folhas brancas ao léu,

folhas mortas,

como a canção francesa!

Queria te dizer da saudade

que não passa!

Está chovendo!

Meu coração chora,

minh'alma padece

e nada escrevo!

Só folhas brancas,

mortas,

como esta canção,

repetida,

amada

querida,

saudosa,

repartida,

com esta dor de amor!

Inesquecida!

Sempre tua,

minha,

nossa,

Folhas ao Léu!

De papel,

de mel,

do Nosso Amor!

 

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UMA FOLHA BRANQUINHA

 

(Thais S Francisco)

Tentei não macular

a folha branquinha que ali estava

prontinha para receber

minha carta de Amor..

Suavemente comecei a

escrever, tudo aquilo que no coração

guardado estava, meu grande Amor por ti.

Fui dizendo assim:

Meu grande e inesquecível Amor,

a saudade magoa minh'alma, nesta tua ausência,

foste para tão longe, deixando a solidão em teu lugar.

Meu sorriso já perde o brilho, a pele o viço,

o olhar nublado fica e a voz embarga sempre

que pronuncio teu nome..

Amor meu, por que demoras a voltar?

Não sabes que na tua ausência eu me perco?

Que no teu silêncio enlouqueço?

Esqueceste o quanto é grande meu Amor?

Não te demores, volte..

Ahhhh!! Saudade..!!!

que me fere e faz doer,

me fazendo macular a folha branquinha,

com lágrimas, que teimosamente

deslizam pela face, pingando

no papel, misturando-se às

letras, que apenas querem dizer

o quanto te quero Amar..

Volte logo, amor..

"beijaflor"

ts.francisco@uol.com.br

 

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O POETA E A FOLHA DE PAPEL

 

(Pilar Casagrande - Rio Claro / SP/12/10/04)

Dá-me uma idéia, quero uma idéia,

Para fazer dela um poema.

Uma idéia loura ou morena,

Não importa, de qualquer cor.

Mas, dá-me uma idéia,

Para fazer dela um poema.

Uma idéia alegre ou triste.

Mas, dá-me uma idéia,

Para fazer dela um poema.

Não tens uma idéia?

Que pena...

Não posso fazer meu poema!

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NESTA FOLHA DE PAPEL


(Iranimel)


Nesta folha de papel

Com pena deslizo a pena,

Relembrando as belas cenas

De um amor que já foi meu.

Em outra folha releio

Seu bilhete apaixonado,

Contando a dor em seu peito

Por eu não estar ao seu lado.

Falava da solidão

Sentida com minha ausência,

Sua "Deusa de Beleza"

Razão de sua existência!

Nesta folha de papel,

Com pena deslizo a pena.

Hoje sei quanto banais

Eram promessas demais

Vôo sem rumo de falena!

Um bilhetinho matreiro;

Colocou ponto final.

Lembro a folha onde se lia

um frio e simples TCHAU!!

 

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FOLHA EM BRANCO


(Edna Berta)

Não resisto
Arrisco
Começo devagar
As idéias a dançar
Surgem frases
Uma puxa a outra
E mais outra
E como por encanto
Quieta
Sentada em meu canto
Vou tecendo as frases
E apaixonada por natureza
O amor se faz tema
E surge o poema
Que preenche o branco
Desta folha imaculada
Deixando nela marcada
Mais uma vez
Sinfonia e canção
Sem métrica nem marcação
O imenso amor
Que habita meu coração
Folha preenchida
Sentido da minha vida!


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FOLHA DE PAPEL


(Paola Caumo)

 

Peguei uma folha de papel
Dobrei angústias
Pintei esperanças
Colei pedaços de mim
Amassei desilusões
Apaguei erros
Risquei medos
e por fim escrevi uma só palavra:
AMOR!

 

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UMA FOLHA DE PAPEL

 

(Renate Emanuele)

 

A noite deu lugar ao novo dia
E mais uma vez a solidão vigente
A insônia tomou conta da mente
Na alma um lampejar de agonia

E no balouçar dos sentimentos
Em versos vou escrever o que sinto
Se disser que te esqueci, então eu minto
Pois não deixas meus pensamentos

E nesta folha de meu diário
Na pauta, rabiscos e nada mais
Esquecer você, em tempo jamais
Do meu presente és o relicário

Em minha boca a lembrança do mel
Escritas em desalinho, um impasse
Rolando lágrimas de minha face
Vai manchando o branco do papel


atelierbaron@uol.com.br
São Paulo - Brasil

 

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FOLHA DE PAPEL

 

(Cleidiner Ventura/anjo)

Branca folha de papel,
quantas lágrimas
derramei em tua
brancura...

...quando os amores
partiam...
quando o coração
doía...

Hospedou com tua
cálida cor,
as flores que compunham
os meus versos!

Branca folha de papel,
somos íntimas,
irmãs, confidentes!

Quando tudo parece
não ter razão de ser,
surge você,
permitindo que escreva
o que toca o fundo de meu coração!

Na solidão
é em ti
que derramo
minhas rimas.
- e não mais me sinto só!

Em ti lastimo,
louvo
e
repudio!
Branca folha de papel
onde habitam
meus mais puros sentimentos!


http//paginas.terra.com.br/arte/cleidinerpoemas/

 

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FOLHA EM BRANCO... AO VENTO...

 

(Maria Aparecida Macedo)

 

Pego minha folha em branco,
tento traçar minhas linhas e nada...
Começa o meu devaneio,
Num segundo começo a sonhar.
Sonhos de um amor triste,
sem nada para dar.

Pego novamente minha folha
em branco, coloco na palma
da minha mão, e o vento

chega, e a leva embora.
Sim , para bem distante,
para que um dia possa
encontrar um novo amor.

Um amor onde eu trace
minhas linhas, dizendo,
com lágrima nos olhos,
que sempre te amei, e vou
amar pelo resto de minha vida,
até essa paixão passar!

Que a Folha em Branco,
um dia volte,para que eu possa
traçar minhas novas linhas de amor,


(MariaAnjinha)
Araruama


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BRANCO DO PAPEL

 

(Gisa)

Na folha que resta em branco
Escrevi meus sonhos e quimeras
Registrei meus versos, também, pudera
Eles só falam de tristezas e prantos.

Na folha em branco, tentei colorir
Meus pensamentos e aspirações
Com cores avermelhadas das paixões
Que de você me traz um triste sorrir

No branco, escrevi meus versos
Todos pontilhados de afetos
Trazendo minhas recordações,
Do teu amôr que não vai retornar.
Das saudades que irão ficar
No branco, vazio de minhas ilusões.

 

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INSERÇÃO SEM COR

 

(Luzes - Luzia _ Luar)

Em uma caixa de presente,
Como crianças a brincar,
Elas seguem....


Em pureza de branco papel,
Virgem,
Artes das artes,invisíveis,
Invisíeis e ocultas...

Nesta folha de alvo papel
Faço meu Universo,
Sem linhas, sem cores...

 

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ORIGAMI DA SORTE

 

(Clevane Pessoa de A. Lopes)

A folha de papel A4,totalmente em branco

é uma tentação a que eu derrame a alma,

para sempre marcando-a com a magia da Palavra...

Meu lado artesã/artista discute com meu lado poetisa:

desenhar,dobrar, fazer

em vez de apenas escrever...

Então, aliso a folha nívea,triangulo o gesto,

corto a sobra e obtenho

um perfeito quadrado...
As dobraduras se sucedem, aqui e ali,

faço um dos mais básicos origamis:

uns dizem que é um saleiro,

outros, um açucareiro

para qualquer escoteiro,

mas os sonhadores,

viram-no do lado oposto,

encaixam nas abas os polegares e indicadores

e se põem a ler a sorte, a partir de números

pedidos ao acaso...
Para falar de sorte ou atraso,

perdas e ganhos,

amores,

levanto cada espaço

e neles escrevo trovas

sem nenhum embaraço...

assim , ao chamar a menina

que cochilava dentro de mim,

resolvi o impasse:

fiz um objeto, escrevi versos
e pude brincar como se a infância

nunca tivesse acabado...

 

**********

 

DEIXO MEUS VERSOS

 

(Vilma Galvão)

 

Deixo aqui meus versos,
talvez eles possam sobreviver ao mundo
tão esquecido do amor...
Talvez eles sobrevivam as dores e males dessa vida,
não por ser meus, mas por terem nascidos do coração.

Deixo meus versos e penso que eles
consigam arrancar um sorriso qualquer
no rosto sombrio do sofredor.

Que eles consigam embalar os enamorados
e completar a solidão da alma...
Deixo aqui meus versos,
que eles durem bem mais do que a minha vida,
que ao passar do tempo eles se fortaleçam
e sejam cantados por muitas bocas...

Deixo neste espaço os meus versos,
nem tristes, e nem alegres,
mas com amor e carinho
para quem precisar de um afago do coração...

 

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FOLHA EM BRANCO

 

(Rosa Magaly G. Lucas - Eire)

 

Ao nascer, Deus me deu uma folha em branco.

Para que minha vida eu descrevesse

Com recomendação de ser feliz,

E a outrem tentar fazer assim.

De início foi ela um sorriso franco,

E pouco a pouco como se escrevesse,

Traços de todas as cores sempre em giz,

Mas doeu muito quando usei carmim.

Em menina, garatuja de criança,

Desenhos infantis, nuvens, sol, luar,

De luz, de flores e de alegria,

De amizade e de amor em minha estrada...

Mas em nada indicava a semelhança

Do que eu esperava na vida encontrar;

Quem sabe ao caminhar topasse um dia,

Co’um grande amor e então apaixonada,

Desenhasse eu na folha corações

Com pequeninas setas trespassados,

Um par de olhos negros, um peito amigo,

Mãos carinhosas além de voz terna?

Foi tudo o que sonhei, mas os senões,

Foram maiores do que os desejados...

De cambulhada arrastaram o abrigo,

E me deixaram em tristeza eterna.

O tempo foi passando, a idade vindo,

Hoje ‘inda sou avó, perdi um filho,

Júbilo e tristeza juntos persistem,

Provando a coexistência dos opostos...

Final de vida em paz sempre é benvindo

Quando envolvido pelo intenso brilho

Dos bens maiores que em nós ‘inda existem:

Amizade, fé, amor, ternura, expostos.

A folha branca já está quase cheia!

De vez em quando aproveitando o ensejo

Revejo a minha infância e adolescência

Em meus traços de cor e fantasia...

E eu me livro de toda e qualquer peia

Que me prenda e me fira... É que almejo,

Ficar nessa doce reminiscência

Olhando a folha que a isso me guia...

Das coisas tristes não quero falar!

Há tantas coisas que a vida me deu!

Tanto amor, tanta luz, tanta harmonia,

No perfume e beleza de mil flores,

Matas, lua e sol, canto do mar...

Bendito seja aquele que viveu

Tal maravilha e fez a Antologia

Das quimeras, belezas, dos amores.

Agora a folha branca está esperando

Que Deus lhe determine o “Gran-Finale”

Da ópera clássica bufa e romântica,

De um viver lindo e tão variado

Cujo nome será “Esperançando”.

Lá estarei eu envolvida em meu chale

Com retalhos da vida em minha mântica

A recordar um viver abençoado.

Jacaraípe, Serra, Espírito Santo, 14/02/2005.

 

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FOLHA EM BRANCO

 

(Virgínia Maria da C.L.M. dos Santos)
Itanhaém - Sp

 


Olho esta folha em branco,
se a vida me desse uma nova chance,
escreveria tudo diferente,
amaria você como nunca foi amado,
perdoaria todos seus pecados,
somente pra tê-lo,
para sempre ao meu lado .
Beijaria infinitas vezes seus lábios, e
pousaria o meu mel num beijo apaixonado,
Faria todos seus caminhos
muito mais iluminados,
cantaria a canção dos sonhos idealizados,
e mil versos falariam a você,
deste amor abençoado.
Acariciaria o seu corpo amado,
daria o meu corpo nesse desejo desesperado, e
nos amaríamos sem tempo,
esqueceríamos todo passado,e
restauraríamos nossos corações machucados.
Não me perderia nas ruas escuras,
quando pelas saudades,
saísse obssecada a sua procura.
Queria apenas olhar com você
o percursso de uma lua,
me despiria quando viesse o nosso desejo,
e a nossa loucura,
me entregaria á voce inteirinha nua,
porque a minha alma já é sua!

 

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TODA PROFESSORA DE MATERNAL
É UM PAPEL EM BRANCO


(Luciana do Rocio Mallon)

 

Toda a professora de maternal ,

É sensacional e especial ,

Pois , ela é um papel em branco ,

De sulfite , bem franco ...

Para as crianças desenharem ...

E , também , pintarem !

Elas pintam a sua alma inocente ...

De uma maneira fremente ,

Muito curiosa e esperta ...

Com as tintas da descoberta !

Elas desenham com o lápis de cor ...

Mais sagrado do amor !

Toda a professora de maternal ,

É sensacional e especial ,

Pois , ela é um papel em branco ,

De sulfite , bem franco ...

Para as crianças desenharem ...

E , também , pintarem .

*************

 

SONHOS PLANANDO NO PAPEL


(Maria Mercedes Paiva)

Coloquei a folha de papel sobre a escrivaninha.
Desta minha vida, grafei todos os sonhos empilhados:
Os que realizei e os que realizarei...

Tempo abafado, nem brisa, sonho do vento, soprava...
Quero do ventilador, o vento aparente de seu motor...
mas, assim que ele soprou, levou em seu bojo
a folha de papel com todos os meus sonhos empilhados...

Os vi pairando no ar!...
Planando, etéreos sobre a folha de papel,
e quando os consegui alcançar,
segurei-os com carinho,
pois tais como a poesia,
meus sonhos voaram, pairaram no ar, joviais, alvos...
Tão alvos quanto a folha de papel!

 

************

 

LIVRO DA MINHA VIDA

(Míriam Torres)

Minha vida é um livro

E foi escrito assim:

As tristezas em letras maiúsculas

Minhas alegrias não tão maiúsculas assim

Vivo todos os dias esperando pelo capítulo seguinte

A surpresa, o encanto...

Da vida nada sei!

Apenas que as páginas de meu futuro

Possam estar em branco

Ou que simplesmente

Já possam ter sido

Arrancadas daquele que seria o final

O FIM DE MINHA HISTÓRIA...

14/01/2004 - 21h21

ITANHAÉM SP

 

*************

 

FOLHA EM BRANCO

 

(Maria José Zanini Tauil - R. J.)

Foi duro constatar
que na agenda dos teus amores
a minha folha
permaneceu vazia
Nem uma frase...
Nem um momento
Nem uma palavra
em forma de carícia

Minha lembrança
foi terra que feriste
com teu arado
Coração não escolhe
o campo de batalha
nem as armas
nem companheiros de luta

Nessa guerra
fui mortalmente ferida
pela tua indiferença
ao perceber que para ti
não fui mais que isso:
uma folha em branco
numa agenda

 

***************

 

FOLHA...

 

(Priscila de Loureiro Coelho)

Folha simples de papel

Estalando... Quase tinindo

Sem destino segue ao léu

Sem fazer grande escarcéu

Vai a folha resistindo...


Há infinitas possibilidades

Numa folha que existe

Registra a vida com facilidade

Ou a esquece perdida na casualidade

Entre o alegre e o triste

Folha verde, branca ou vermelha

Não importa qual a cor

A folha tudo espelha

Tal qual uma pequena centelha

Da vida do Criador!

 

************

 

FOLHA DA DE PAPEL

 

(@liosh@**/CIG@N@ **)

 

Em tremendo escarcel
nela coloquei cobranças
dos amores que procurei
deixando lembranças
dos momentos felizes que passei
Em diagramas perdidos em esperanças
Esqueci-me de vinganças
e como folha de papel ao vento , feito criança
em trêmulas linhas lembrei-me das tranças
e pasma fiquei, o coração fez festança
e a folha de papel, branca, limpida e amiga
aceitou que entremeace em linhas , rabiscos
registrando sem temores, dores, amores
que mais vale um espinho, desde que se conheça a rosa
do que "arranjos" florais, imortais,
ou efêmeros, passageiros
do que uma linda folha de papel translúcida e vazia
e num relance de razão misto com emoção
concluimos... eu e a FOLHA DE PAPEL...
ante os rabiscos que faço, na tentativa de expressar
os verbos viver, amar, revigorar
as energias das linhas da vida em suas linhas retilíneas.
de quando em quando curvilíneas
e no côncavo e convexo
deixar o perplexo, em anexo
eu... a folha... você... o papel...
os rabiscos... ciscos
de um destino cruel.

 

***********

Obrigada, pela visita!

Yara Nazaré