UM
SORRISO NA CHUVA
(Yara
Nazaré - 14/04/2004)
Cai uma chuva miúda
Vejo o céu a sorrir
Sinto cada gota fria
Com o vento a sibilar
Na leveza da sua brisa
E um tom suave escuto
Como se quisesse me dizer
Que tudo vale a pena
Mesmo que a chuva miúda
Possa o volume aumentar.
As
águas sulcam o caminho
Por onde tento passar
Mas lá ao longe avisto
Do sol, um raio de luz
É a esperança
que surge
Leva embora meu cansaço
Sigo pela estrada a cantar
A chuva miúda se esvai
Faz minha alegria voltar!
********
CHUVA
DO CÉU
(Carolina
Nazaré - 8 anos)
(Neta
de Yara Nazaré)
Chove
chuva
Cai
do céu
Vem
das nuvens
Faz
barulho
Molha
com pingos
As
flores lindas
Do
meu jardim.
A
chuva passa
Os
pássaros cantam
Para
festejar
O sol começa a brilhar!
(20/04/04)
********
CHUVA
(Marici Bross - 16/10/1964)
A
noite cai cobrindo a cidade
com seu manto negro
Nuvens escuras, aqui e acolá
Ameaçam e nos prometem
chuva
Nuvens,
cobrem a cidade
Com seus raios e trovões
Cai cruel e devastadora
Cai
matando as tenras flores,
Matando os mais robustos filhotes,
Cai, impetuosa,
Não para, cai cruel
e fria
Seguindo sua destruição
Pare, pare, não quero
que continues
Te ordeno, pare!!!
Marici Bross
********
A
MENINA E A CHUVA
(Marici Bross - 11/09/1964)
Chuva
fina
Que vem molhar
Coração de menina
Chuva
fina
Que sobe devagarzinho
Para os olhos de menina
Chuva
fina
Que penetra
Em meu coração
Que é de menina
Chuva
que cai,
E molha,
Mansamente
Meus olhos de menina
********
O
CANTO DA CHUVA...
(Patricia
Montenegro)
14-09-03
– 22.05 horas
Na
noite escura e solitária..
E
o sono não vem..
Ouço
apenas a chuva...
Chuva
que cai sem parar...
São
como lágrimas...
Lágrimas
de nuvens solitárias...
Que
choram de saudade...
De
uma estória vivida...
Que
o tempo levou...
Chuva
que cai...
E
que parece cantar...
Um
canto triste..
De
dor..
E
saudade..
Chuva
cor de prata...
Leva
com você meu pranto..
Meus
medos..
E
angústias...
Chuva
que cai sem parar..
Faça-me
voltar a sonhar...
Venha
somente me acalentar...
*******
CHUVA
(Nísia Barros)
16
– 04 - 2004
Às
vezes do céu a natureza
Rega
a terra tão tristemente,
Que
para me manter acesa,
Tenho
de me tornar valente.
Outras
vezes é um gotejar,
Com
um diferente barulho,
Mostrando
apenas regar,
As
flores, com seu marulho.
Ah!
As chuvas de beijos...
Que
imensa gostosura!
Saciando
grandes desejos,
É
uma deliciosa loucura.
O
que posso eu dizer,
Quando
a chuva é de flores?
Não
se consegue esquecer,
Pois
lembra os grandes amores.
Tem
a chuva de perguntas,
Que
não se pode responder
São
tão difíceis
e muitas,
A
gente quer esquecer.
Chuva
de Estrelas. São belas!
Não
podia deixar de falar:
Não
existe igual a elas.
Num
céu limpo, vêm
dançar.
Pirotécnicas.
Chuva artificial.
Chuvaradas.
Chuvas de verão.
Só
não podem nos causar
o mal...
Estas
deixam doente o coração.
Desejo
“Chuva de felicidade”
Para
quem foi o criador,
Que
me tornou cumplicidade,
Num
feito de grande valor.
*******
CHUVA
(Schyrlei Pinheiro)
Lágrimas
doces
que
abençoam a terra,
ajudam
a semente germinar.
Os
sedentos por ti imploram
para
sua sede vir matar.
Vem
lavar as folhas das matas
fazendo
a cotovia cantar.
Venha
chuva bendita
ao
solo fértil regar,
teu
ciclo é a própria
vida
entre
lágrimas a dançar
renovando
a natureza
vendo
a vida transbordar
deste
cálice de venturas
onde
sempre a vida está
*******
DESABAFO
(Sonia
Maria Grillo)
(Baby®)
Chuva...
lágrimas que choram
sua ausência
Esperança
que se foi como a inocência
Que eu perdi pelos caminhos
da vida...
Há no ar um canto de
lamento
Refletindo meu sofrimento
De forma dolorida
Quisera poder calar esse som
Quisera poder matar esse amor
Que é uma música
fora do tom
Um misto de agonia e dor...
Chuva, pare de chorar,
Esperança, volte a
me habitar!
Melodia não pare de
ecoar,
Vida, faça-me novamente
amar...
Vitória-ES
01.10.2003
*******
UMA TARDE DE
CHUVA
(Marcial
Salaverry)
Uma
tarde chuva sempre faz meditar...
De
amores passados lembrar...
Daquelas
que sempre me deram amor,
De
corpos que me deram o calor.
Amores
passados... quem não
os teve?
A
tarde chuvosa incita ao pensar...
Também
faz lembrar...
Embora
lá fora a chuva caia
sem cessar,
Meu
coração continua
cheio de sol, de calor...
Pronto
para sempre amar,
Sempre
sentindo o que é a
beleza do amor...
A
vida deve sempre ser vivida,
E
aquela lembrança triste,
esquecida...
E
a chuva que não para...
E
os pensamentos flutuam...
Lembranças
que vem... e que vão...
Agitando
meu coração
Nesta
tarde chuvosa...
Uma
nova emoção...
Uma
paixão gostosa...
A
chuva caindo... Um novo amor...
Agora
surgindo... Um novo calor...
Pronto...
a chuva lá fora passando,
E
meu coração...
se apaixonando...
(Direitos
autorais reservados)
*******
CHUVA
DE LAMENTO
(Nadir
A D'Onofrio)
Essa chuva que cai sem parar,
aumentando o sofrimento
que tua partida causou-me.
Olho para o céu, vejo
essa nuvem
ameaçadora, que com
suas águas
lava minha alma que sangra...
Lamento tua partida...
espero tua volta,
olho a estrada lamacenta,
lembro-me
do triste dia que me disseste
adeus!
Tão frio estava teu
olhar, parece que
te vejo ainda afastar-se,
sem nada dizer-me ....
Aqui nessa solidão,
são noites
que não tem fim, dias
tão longos,
angustia de não compreender.
Só tua lembrança
é constante
em minha vida vazia.
Volte amor... amenize minha
dor ...
Só assim poderei ter,
a tranquilidade que sonhei.
Fazer da vida um espetáculo
lindo,
digno de ser representado.
Onde o personagem principal,
retornou e para sempre,
ao meu lado ficou !
Praia Grande
15/04/2004 18:28
********
CHUVA DE BEIJOS
(Mariete
Marcondes)
Chove
lá fora, deixe a chuva
rolar.
Caia
em mim, molhado, gelado,
Deixa-me
aquecer você, secar
Com
minha boca quente
Meu
carinho indecente,
Fazer
amor até a chuva parar.
Deixo você em mim de
todo jeito,
Na
chuva, na cama, no chão,
onde quiser.
chuva
dos enamorados, molhe meu
peito,
Deixe
que ele me tenha assim, pimenta
mulher
*******
CHUVA
(Marilena Trujillo)
Chuva fina gostosa, caindo
lá fora,
Trazendo uma saudade infinita...
Queria tanto estar com você
agora...
Sem mais espera, sem mais
demora...
Chuva que fertiliza minha
alma,
De amor. Carinho, doce enlevo...
Vai cantando aos meus ouvidos
Doce melodia e sonhar me atrevo...
Chuva diz pra ele, do meu
amor,
Conta-lhe todo meu sentimento...
Diga que o quero muito, que
o amo,
Diz que sem ele, tudo é
um tormento...
Vai, conta-lhe o que dizer
não sei.
Diga que o espero, que o esperarei
Quanto tempo for preciso...
Que ele é tudo o que
sonhei!...
(Mari)
*******
CHUVA
(Edna Liany Carreon)
Quando a tempestade passa
e
a chuva cai de mansinho...
vem aquela vontade de fazer
carinho,
ficar bem perto do nosso amor...
Sentindo seu calor e bem abraçadinhos...
Trocando beijinhos ao som
dos pingos da chuva, que parecem
estar cantando uma canção...
A chuva bate de leve no telhado...
E o nosso coração
bate acelerado,
num convite para o amor...
E quando amanhece,
vem o sol e a rua ainda molhada,
meio encabulada, com o calor
dos raios de sol e com o calor
do nosso grande amor...
A calçada não
precisa ficar encabulada,
por ainda estar molhada...
Pois foi a chuva que a molhou...
E foi o prenuncio para o amor...
ednaliany@superig.com.br
*******
SONHO/CHUVA
(Cleidiner Ventura/Anjo)
A chuva
quando caía
lá distante,
em minha terra...
era um momento mágico,
por horas eu ficava
na vidraça observando
os desenhos que ela fazia
ao escorrer pelo vidro;
quantos anjos,
passarinhos,
buquê de flores
não vi.
Se muito frio
estivesse,
com os dedos eu desenhava,
no vapor
meus lindos sonhos.
Me pergunto quase sempre,
- porque hoje eu não
vejo
as imagens que via antes,
se a chuva continua
a lavar minha vidraça?
Porque não desenho,
os lindos sonhos
que tinha?
Será que de tão
sonhados
perderam-se
no tempo...
ou tornaram-se
realidade?!
cleidiner@terra.com.br
*******
SUEÑO/LLUVIA
(Versão
em espanhol de:
Alberto
Peyrano)
La
lluvia
cuando
caía
allá
lejos,
en
mi tierra...
era
un momento muy mágico,
en
que por horas quedaba
en
la ventana observando
los
dibujos que ella hacía
al
resbalar por el vidrio;
cuantos
ángeles,
pajaritos,
ramos
de flores
yo
vi.
Si mucho frío
hacía,
con
mis dedos en la escarcha,
dibujaba
lindos
sueños.
Me pregunto casi siempre,
por qué hoy ya no veo
las
imágenes de antes,
si
la lluvia continúa
visitando
mi ventana?
Por qué no dibujo,
los
lindos sueños
que
tuve?
Será que de tan soñados
Se
perdieron
En
el tiempo...
o
realidad
se
volvieron?
*******
O
PRANTO DA CHUVA
(Thereza Mattos)
Olho a chuva pela janela embassada
Dia cinzento no frio de agosto
As gotas descem na vidraça
gelada
Como as lágrimas que
rolam de meu rosto....
Meu coração
também chora comigo
Cúmplice de minha mágoa
e dor
Porque não estou contigo
Porque já não
me tens amor...
Mas amanhã talvez venha
a calma
O sol brilhará outra
vez
Secando as lágrimas
de minh´ alma
Curando minha embriaguez...
(15-04-2004)
*******
TROVA
(Clevane
Pessoa de Araújo Lopes)
A
chuva que cai das nuvens
bem
depressa molha o chão...
Outra
chuva, no meu rosto,
subiu-me...do
coração...
********
A CHUVA E EU...
(Clevane
Pessoa de Araújo Lopes)
Da
janela, assisto a dança
circular de um aguaceiro...
Vejo
a chuva, em coreografia alucinada,cair
em
milhões de gotículas
cristalinas...
Minha
alma de artista se encanta
e emociona.
Quero
escrever a respeito, fotografá-la,
desenhá-la,
buscar
a filmadora e eternizar o
momento.
Bem
que as cigarras cantaram durante
o início da tarde
em
ritmo cadenciado, sob a batuta
de secreto maestro...
Bem
que a cicatriz do tornozelo
doeu em aviso soturno...
Respiro
fundo, em acalmia, sem lembrar
por
um instante breve,que a tempestade
poderá
trazer desgraças,pois
a alegria
que
a beleza toda traz, é
muito forte!
Então
saio do encantamento para
a realidade:a chuva cessa,
e
ponho-me a pensar em quantas
pessoas devem
ter
ficado desabrigada,sem seus
lares e objetos,
quantas
adutoras se romperam, tantos
muros
e
paredes caíram,quanta
enxurrada fez morros
se
desmancharam,bocas -de-lobo
se entupirem
pessoas
de todas as idades morrerem.
Então
uma precipitação
de chuva enche meus olhos
e
chovo e trovejo!
Quando
ligo a TV, mais tarde, a voz
do repórter anuncia
que
apesar da chuva forte da tarde,
ninguém morreu.
Então
um sorriso de sol abre-se
em minha face.
Respiro
aliviada e vou escrever uma
carta...
*******
CHUVA
(Priscila
de Loureiro Coelho)
Pranto
inesperado e natural
Lavando
a alma, escorrendo emoção
Refrescando
lentamente o coração
Ah!...Sentimento
sem igual
Embevecido
e revigorado
Sem
futuro e nem passado
Chove
desabando a tempestade
Sem
espaço e sem dimensão
Chove,
florescendo a paixão
Chove,
agora a garoa
É
ausência, sem claridade
Nos
respingos da saudade
*******
CHUVA
(Pedro Valdoy)
Cai
chuva
no
meu coração
talvez
de um amor
esquecido
São
gotículas
como
setas
que
caem do céu
a
lembrar que ainda existes
Não,
esquecido não estou
Aquele amor perdurou
e ainda hoje o sinto
no
palpitar do meu coração
Lembras-te
daquele
jardim
onde
o rouxinol
entoava
seus trinados
em
nosso redor?
Virás
como
uma gota de chuva
de
novo ao meu encontro?
Então
cânticos
celestiais
entoarão
em teu louvor
e
as lágrimas de felicidade
cairão
aos teus pés.
*******
QUE
VENHAM AS CHUVAS!
(Brígida
Ruchleimer - 17/04/2004)
Que
venham as chuvas de verão...
Para
lavar todas minhas mágoas
Limpando
minhas feridas
Deixando
minha alma sem máculas
Renovando-me
inteiramente
Sentindo-me
renascida
Pronta
para viver
Pronta
para amar
Pronta
para errar
Isso
mesmo... errar...
É
errando que se aprende e se
progride
E
eu não quero me sentir
estagnada..
Parada
no tempo...
Esperando
Godot ad eternum...
Num
dia a dia já rotineiramente
conhecido...
Quero
me sentir livre
A
cada momento ousar
Sem
medo de voar...
Sem
medo de me molhar...
Então...
que venham as benditas chuvas
de verão
Trazendo
mil promessas de vida ao meu
coração....
*******
EU
E A CHUVA
(
Rose Arouck)
Gosto da chuva ligeira
Da
grossa chuva passageira
Que
levanta poeira do chão.
Que
deixa um cheiro
De
terra molhada
Lembranças
escoadas
Que
ensopa minha emoção,
Fluindo
em mim águas passadas
Tornando
a memória encharcada
De
saudade do que foi em vão.
De
folguedo que não vai
voltar...
Gosto
de ver seus inúmeros
pingos,
Sentir
no meu rosto os respingos
Junto
à tristeza que me faz
lembrar.
De ouvir seu barulho espalhando
Nas
calçadas com força
levando
Os
conflitos com destino perdido.
Impondo
a terra seu real poderio,
Depois
estanca deixando um vazio
E
a certeza de um dia vencido.
Retorno a bonança de
minha ansiedade
O
sol se espalha por toda a
cidade
E
eu fico assim como fera no
cio.
******
MILAGRE
(Nilson
Matos Pereira)
Despenca
do céu, divina
Uma
chuva cristalina
Molhando,
enfim, seca terra
O
lavrador agradece
E
faz a Deus sua prece
Por
ter vencido uma guerra
Essa
chuva abençoada
Há
tanto tempo esperada
Que
não tem cheiro e nem
cor
É
torneira que se abre
Tem
o gosto do milagre
Na
vida do agricultor
(Araranguá,
180404)
*********
CHUVA
EM PÓ...
(Olga Matos/maio /00)
Tarde de chuva em poeira,
cai fininha... bruma só...
bordados da timidez,
no lençol da chuva
em pó!
Ecos lançados ao céu,
como se de gotas fossem
aurindo do azul ao léu,
tufos de algodão doce!
No doce da chuva fina.
da cortina de garoa,
numa tarde tão menina,
jogando conversa à
toa!
Sigo pela trilha, sigo,
a matutar rima pura,
sob a chuva poetizo.
encharcada de ternura!
(Novo Hamburgo/RS 18/04/2004)
*********
CHUVA
(Tahyane)
Chuva cai
Lava o solo
Semeia a terra
Limpa todas as mazelas
Brilham gotas cristalinas
nas vidraças da janela
Chuva cai
e traz lembranças
na água que é
seiva de Deus
É água abençoada
que limpa os pecados meus
Chuva forte de verão
vai-se embora de repente
como a ilusão da paixão
A que chega de mansinho
traz amor ao coração.
Chuva, água bendita
o dia que nos faltar
será a nossa desdita
Tahyane ©2004
**********
TRISTE
CHUVA
(Mavi Lamas)
É noite...
Chove lá fora...
Na vidraça os pingos
se desfazem
No ar um cheiro de terra molhada
As poças se distribuem
no asfalto
No céu relâmpagos
reluzem
Confundem-se com o barulho
dos trovões...
Calçadas molhadas espelham
luzes noturnas,
Na rua deserta, as pessoas
se dispersam,
A noite travestida de abandono,
Transcorre silenciosa...
Sei da saudade que sinto
Da solidão que me maltrata
Em dias assim tão tristes...
Revejo teu ohar nublado...
No nosso último dia
juntos,
Triste, cinzento e frio...
Chuvas violentas
Como são as chuvas
de verão,
Do vento que balança
Os galhos das árvores...
Galhos tristes esquálidos...
Como esqueletos se movem
Numa dança sonolenta...
E eu sinto saudades...
Sei da falta que me fazes,
E da espera tristonha a que
me imponho
(*Mavi - 18/04/04)
*******
CHUVINHA
(Luísa
Fernandes - 19/4/04)
Lá
fora o sol partiu,
A
nuvem passou
E
gotejou…
Uma…
Duas…
Três
breves lágrimas
Do
meu coração.
Observo
atrás da janela
O
doce cair da chuva
Tão
bela!!!
Cheira
a terra molhada,
Prenhe
desta pequena chuvada,
Delicio-me
com ela e lembro
Quanta
água para fertilizar
a Vida!
A
terra sedenta tudo absorve
Tal
ventre abençoado
Que
quer à força
dar à luz
Iluminar
o Mundo…
Mas
parou de chover…
As
lágrimas vou beber…
A
terra clama por mais…
Paira
no ar um calor
Que
corta a respiração!
Por
que não chove mais?
Deus,
era mais fácil alagar
De
vida o planeta de uma só
vez…
Do
beiral, caem duas, quatro
gotículas,
As
últimas…
Nada
mais…
Adoro
a chuva, ela refresca…
Ela
renova meus sentimentos…
Mas,
Deus sabe,
Só
distribui a Vida que quer…
Limpo
a tristeza,
Procuro
amparo,
A
vida é isto, há
que viver…
Mais
chuva virá e o mesmo
sentimento
Tomará
lugar da mágoa,
Ela
dará nova vida…
logo, mais logo…
Talvez
um dia…
A
vida é linda chova
ou faça sol!!!!
*******
VEM
CHUVA!
(Tarcísio
R. Costa)
19-04-04
Vem
chuva!
Vem
acariciar a natureza
Vem
do céu como uma bênção,
Vens
alegrar o coração,
Deste
mundo de incerteza,
Vem
Chuva!
Alimenta
os rios e os lagos,
Cuida
da beleza dos jardins,
Transforma-te
em orvalho,
Suaviza
este mundo,
Faz
dele paraíso.
Vem
chuva!
Quero
ouvir o teu som,
Quero
sentir o cheiro da terra molhada
A
natureza te agradece,
Ficam
mais lindas as flores
Mostrando
suas alegrias
A
natureza é um painel
de cores,
O
mundo vira magia.
Vem
Chuva!
Vou
te esperar ao lado do meu
amor,
Vamos
contemplar a natureza,
A
alegria da tua chegada
Imitando
a passarada,
No
aconchego do nosso ninho,
É
um momento gostoso,
Vamos
viver o nosso carinho.
*********
QUERÊNCIAS
(Edna
Feitosa)
Quero ternura de brisa,
para acariciar o teu rosto.
Doçura de lua cheia
para olhar teu sorriso.
Suave canto de ondas
para afagar teus ouvidos.
Quero gotas de orvalho,
cintilando na ternura de teu
olhar.
Então, colher teus
suspiros,
tuas palavras de mim.
Nos teus beijos, quero sabor
de mel, suor e caju,
para falar aos teus lábios,
deslizar em tua pele,
ascendendo assim
nosso mútuo encantamento.
Quero carinho de chuva
escorrendo no teu dorso,
chegando assim por acaso,
onde anseias ser tocado.
E ver brotar arrepios
nos passos das minhas mãos.
Quero feliz vaguear
pelas dunas do teu corpo,
enquanto, ansioso, passeias
pelas colinas de minha pele
e rolas nos vales do meu corpo
até se encontrar em
cada canto,
guiado por meus carinhos.
Quero aquele abraço
terno,
como o aconchego das nuvens,
na entrega do sol posto...
E contigo ver estrelas
no infinito da ilusão...
Edna
Feitosa
*******
NÓS
E A CHUVA...
(Dayse Moraes)
Se é na chuva que vai,
se é na chuva que vem,
o sabor nunca sai,
do querer, que se tem.
No gostinho, um apego.
No querer, um desejo.
No escurinho, um chamego.
nas delícias de um
beijo.
Se a chuva tempera,
um romântico dengo,
pela chuva quisera,
alcançar teu momento.
Quando chove te quero,
se não chove, também.
Não importa se espero,
o que importa, é se
vens...
*******
CHUVA
(Vanderli Medeiros)
Chove
lá fora,
E pinga, aqui dentro, um
aguaceiro.
Já nem sei se chove,
fora ou dentro,
ou é meu coração
que goteja de saudade.
Meu
pranto
rasga uma tempestade;
o peito
relampeja seu nome...
Águas inundam a cama...
não sei se choro
ou chove em mim.
********
GOTAS
DE CHUVA
(J.B. CARNEIRO - R.J.)
O
sol desponta radiante...
iluminando
as estradas da vida,
lembrando
naquela flor,
o
desabrochar da margarida.
Os
campos de flores silvestres,
exalam
no ar, o aroma dos devaneios,
bate
forte, aquele coração,
partido
e marcado no seio...
Da
mente, surgem as lembranças,
do
que não deveria ter
ido...
ficou
somente a temperança...
daquele
amor inesquecido.
Nos
olhos, sugem tristezas...
em
gotas de chuva a rolar,
não
quer fazer proeza,
deixa
a saudade apertar.
recebe
as lágrimas com carinho...
a fazer caminho pelo rosto
teu.
apara as gotas de mansinho...
nos lábios que foram
meus.
*******
GUARDA-CHUVA
(Vanessa
da Silva Graça - 30/1/2003)
Mas
quando parar de chover,
Vou
ter de fechar
O
meu guarda-chuva novo,
Acabadinho
de estrear.
Que
pena vou sentir
De
não ver toda a cidade
A
sorrir!!...
Mas
valeu a pena
Abrir
este meu guarda-chuva novo
Muito
azul e com florzinhas
E
de ver toda esta chuva
A
cair...
*******
CHOVE...
(De:
Antóno Zumaia)
Chove
no meu pobre coração...
São
as lágrimas de uma
vida ,
já
desfeitas de uma ilusão
,
que
um dia me deste querida...
Chove
no meu pobre coração...
Pobre
deserto do teu viver ;
Ergo
desesperado a mão ,
para
a tua chuva recolher...
Chove
no meu pobre coração...
São
pingos de tristesa e dor ,
escorrendo
nesta pobre mão ...
Que
deixou partir o seu amor .
Sines
- Portugal
19.04.04
*******
E
A CHUVA NÃO RESPONDEU
(Rosa Magaly Guimarães
Lucas) -
Eire
Sentei-me fora da casa a olhar
a chuva cair...
Estava triste, sozinha...
e o tempo triste também.
Fitei o céu cinza,
escuro... sequer o sol a luzir...
Escuro estava meu peito, sem
ter junto a mim Meu Bem.
Perguntei à chuva,
ao vento: "Aonde é
que ele andará?",
Agucei os meus ouvidos...
esperei que respondessem...
Nada foi dito... há
silêncio... resposta
não haverá?
Enche-me a alma de esperança...quem
sabe depois expressem
Aquilo que mais espero, aquilo
que eu quero ouvir?
Continuei lá sentada,
e a chuva sempre a cair
Nos campos agora verdes, cheirando
a terra molhada,
Como está também
a face de quem espera a resposta.
Seguindo o rio com os olhos,
a olhar o campo, a encosta;
Mas para meu desespero, a
chuva não disse nada.
*******