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Apresento a CIRANDA DA CHUVA e agradeço a todos os participantes, pela oportunidade de hospedar na minha Home Page, as lindas poesias assinadas por nomes tão ilustres. Agradeço também aos amigos (as) que me enviaram a MIDI: "Singin in the Rain".
Com carinho.
Yara Maria

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CHUVA

(Coletânea de versos dos autores por, Yara Nazaré)


"Cai uma chuva miúda (Yara Nazaré)"
"Vem das nuvens! (Carolina Nazaré)"
"Nuvens, cobrem a cidade (Marici Bross)"
"Chuva fina (Marici Bross)"
"É a chuva que cai sem parar (Patricia)"
"Ah, as chuvas de beijos (Nízia)"
"Que abençoam a terra (Schyrlei)"
"Que é uma música fora do tom (Sonia)"
"Sempre sentindo o que é a beleza do amor (Marcial)"
"Olho para o céu, vejo essa nuvem (Nadir)"
"Chove lá fora, deixe a chuva rolar (Mariete)"
"Chuva que fertiliza minha alma (Marilena)"
"Quando a tempestade passa e (Edna Liany)"
"Os desenhos que ela fazia... (Cleidiner)"
"Era un momento muy mágico (Cleidiner/Peyrano)"
"Mas amanhã talvez venha a calma (Thereza)"
"Outra chuva no meu rosto (Clevane)"
"Em milhões de gotículas cristalinas (Clevane)"
"Lavando a alma, escorrendo emoção (Priscila)"
"Não esquecido não estou, aquele amor perdurou (Pedro)"
"Deixando minha alma sem máculas (Brígida)"
"E a certeza de um dia vencido (Rose)"
"O lavrador agradece /E faz a Deus sua prece (Nilson)"
"Ecos lançados ao céu, (Olga)"
"que limpa os pecados meus (Tahyane)"
"Numa dança sonolenta... E eu sinto saudades... (Mavi)"
"A vida é linda, chova ou faça sol! (Luísa Fernandes)"
"Vem Chuva! Vou te esperar ao lado do meu amor, (Tarcísio)"
"Nos passos das minhas mãos (Edna Feitosa)"
"O sabor nunca sai, do querer, que se tem. (Dayse)"
"Ou é meu coração que goteja de saudade. (Vanderli)"
"Daquele amor inesquecido. (J. B.)"
"Mas valeu a pena. (Vanessa)"
"Aquele amor perdurou e ainda hoje o sinto. (Pedro Valdoy)"
"Chove no meu pobre coração... (Antóno)"
"Continuei lá sentada, e a chuva sempre a cair (Eire)"

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UM SORRISO NA CHUVA
(Yara Nazaré - 14/04/2004)


Cai uma chuva miúda
Vejo o céu a sorrir
Sinto cada gota fria
Com o vento a sibilar
Na leveza da sua brisa
E um tom suave escuto
Como se quisesse me dizer
Que tudo vale a pena
Mesmo que a chuva miúda
Possa o volume aumentar.

As águas sulcam o caminho
Por onde tento passar
Mas lá ao longe avisto
Do sol, um raio de luz
É a esperança que surge
Leva embora meu cansaço
Sigo pela estrada a cantar
A chuva miúda se esvai
Faz minha alegria voltar!


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CHUVA DO CÉU

(Carolina Nazaré - 8 anos)

(Neta de Yara Nazaré)

 

Chove chuva
Cai do céu
Vem das nuvens
Faz barulho
Molha com pingos
As flores lindas
Do meu jardim.

A chuva passa
Os pássaros cantam
Para festejar
O sol começa a brilhar!

(20/04/04)

 

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CHUVA
(Marici Bross - 16/10/1964)

A noite cai cobrindo a cidade com seu manto negro
Nuvens escuras, aqui e acolá
Ameaçam e nos prometem chuva

Nuvens, cobrem a cidade
Com seus raios e trovões
Cai cruel e devastadora

Cai matando as tenras flores,
Matando os mais robustos filhotes,
Cai, impetuosa,
Não para, cai cruel e fria
Seguindo sua destruição
Pare, pare, não quero que continues
Te ordeno, pare!!!
Marici Bross

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A MENINA E A CHUVA
(Marici Bross - 11/09/1964)

Chuva fina
Que vem molhar
Coração de menina

Chuva fina
Que sobe devagarzinho
Para os olhos de menina

Chuva fina
Que penetra
Em meu coração
Que é de menina

Chuva que cai,
E molha,
Mansamente
Meus olhos de menina

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O CANTO DA CHUVA...

(Patricia Montenegro)

14-09-03 – 22.05 horas

 

Na noite escura e solitária..
E o sono não vem..
Ouço apenas a chuva...
Chuva que cai sem parar...
São como lágrimas...

Lágrimas de nuvens solitárias...
Que choram de saudade...
De uma estória vivida...
Que o tempo levou...
Chuva que cai...
E que parece cantar...
Um canto triste..
De dor..
E saudade..

Chuva cor de prata...
Leva com você meu pranto..
Meus medos..
E angústias...
Chuva que cai sem parar..
Faça-me voltar a sonhar...
Venha somente me acalentar...

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CHUVA


(Nísia Barros)

16 – 04 - 2004

Às vezes do céu a natureza
Rega a terra tão tristemente,
Que para me manter acesa,
Tenho de me tornar valente.

Outras vezes é um gotejar,
Com um diferente barulho,
Mostrando apenas regar,
As flores, com seu marulho.

Ah! As chuvas de beijos...
Que imensa gostosura!
Saciando grandes desejos,
É uma deliciosa loucura.

O que posso eu dizer,
Quando a chuva é de flores?
Não se consegue esquecer,
Pois lembra os grandes amores.

Tem a chuva de perguntas,
Que não se pode responder
São tão difíceis e muitas,
A gente quer esquecer.

Chuva de Estrelas. São belas!
Não podia deixar de falar:
Não existe igual a elas.
Num céu limpo, vêm dançar.

Pirotécnicas. Chuva artificial.
Chuvaradas. Chuvas de verão.
Só não podem nos causar o mal...
Estas deixam doente o coração.

Desejo “Chuva de felicidade”
Para quem foi o criador,
Que me tornou cumplicidade,
Num feito de grande valor.

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CHUVA


(Schyrlei Pinheiro)

Lágrimas doces
que abençoam a terra,
ajudam a semente germinar.
Os sedentos por ti imploram
para sua sede vir matar.

Vem lavar as folhas das matas
fazendo a cotovia cantar.
Venha chuva bendita
ao solo fértil regar,
teu ciclo é a própria vida
entre lágrimas a dançar
renovando a natureza
vendo a vida transbordar
deste cálice de venturas
onde sempre a vida está

 

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DESABAFO

 

(Sonia Maria Grillo)

(Baby®)

Chuva... lágrimas que choram sua ausência

Esperança que se foi como a inocência
Que eu perdi pelos caminhos da vida...
Há no ar um canto de lamento
Refletindo meu sofrimento
De forma dolorida

Quisera poder calar esse som
Quisera poder matar esse amor
Que é uma música fora do tom
Um misto de agonia e dor...

Chuva, pare de chorar,
Esperança, volte a me habitar!
Melodia não pare de ecoar,
Vida, faça-me novamente amar...
Vitória-ES
01.10.2003

 

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UMA TARDE DE CHUVA

 

(Marcial Salaverry)

Uma tarde chuva sempre faz meditar...
De amores passados lembrar...
Daquelas que sempre me deram amor,
De corpos que me deram o calor.

Amores passados... quem não os teve?
A tarde chuvosa incita ao pensar...
Também faz lembrar...
Embora lá fora a chuva caia sem cessar,
Meu coração continua cheio de sol, de calor...
Pronto para sempre amar,
Sempre sentindo o que é a beleza do amor...

A vida deve sempre ser vivida,
E aquela lembrança triste, esquecida...
E a chuva que não para...
E os pensamentos flutuam...
Lembranças que vem... e que vão...
Agitando meu coração

Nesta tarde chuvosa...
Uma nova emoção...
Uma paixão gostosa...
A chuva caindo... Um novo amor...
Agora surgindo... Um novo calor...
Pronto... a chuva lá fora passando,
E meu coração... se apaixonando...

(Direitos autorais reservados)

 

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CHUVA DE LAMENTO

 

(Nadir A D'Onofrio)


Essa chuva que cai sem parar,
aumentando o sofrimento
que tua partida causou-me.
Olho para o céu, vejo essa nuvem
ameaçadora, que com suas águas
lava minha alma que sangra...

Lamento tua partida...
espero tua volta,
olho a estrada lamacenta, lembro-me
do triste dia que me disseste adeus!
Tão frio estava teu olhar, parece que
te vejo ainda afastar-se, sem nada dizer-me ....

Aqui nessa solidão, são noites
que não tem fim, dias tão longos,
angustia de não compreender.
Só tua lembrança é constante
em minha vida vazia.
Volte amor... amenize minha dor ...

Só assim poderei ter,
a tranquilidade que sonhei.
Fazer da vida um espetáculo lindo,
digno de ser representado.
Onde o personagem principal,
retornou e para sempre,
ao meu lado ficou !

Praia Grande
15/04/2004 18:28

 


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CHUVA DE BEIJOS

 

(Mariete Marcondes)

 

Chove lá fora, deixe a chuva rolar.
Caia em mim, molhado, gelado,
Deixa-me aquecer você, secar
Com minha boca quente
Meu carinho indecente,
Fazer amor até a chuva parar.

Deixo você em mim de todo jeito,
Na chuva, na cama, no chão, onde quiser.
chuva dos enamorados, molhe meu peito,
Deixe que ele me tenha assim, pimenta mulher

 

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CHUVA


(Marilena Trujillo)



Chuva fina gostosa, caindo lá fora,
Trazendo uma saudade infinita...
Queria tanto estar com você agora...
Sem mais espera, sem mais demora...

Chuva que fertiliza minha alma,
De amor. Carinho, doce enlevo...
Vai cantando aos meus ouvidos
Doce melodia e sonhar me atrevo...

Chuva diz pra ele, do meu amor,
Conta-lhe todo meu sentimento...
Diga que o quero muito, que o amo,
Diz que sem ele, tudo é um tormento...

Vai, conta-lhe o que dizer não sei.
Diga que o espero, que o esperarei
Quanto tempo for preciso...
Que ele é tudo o que sonhei!...

(Mari)

 


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CHUVA


(Edna Liany Carreon)

 

Quando a tempestade passa e
a chuva cai de mansinho...
vem aquela vontade de fazer carinho,
ficar bem perto do nosso amor...
Sentindo seu calor e bem abraçadinhos...
Trocando beijinhos ao som
dos pingos da chuva, que parecem
estar cantando uma canção...
A chuva bate de leve no telhado...
E o nosso coração bate acelerado,
num convite para o amor...
E quando amanhece,
vem o sol e a rua ainda molhada,
meio encabulada, com o calor
dos raios de sol e com o calor
do nosso grande amor...
A calçada não precisa ficar encabulada,
por ainda estar molhada...
Pois foi a chuva que a molhou...
E foi o prenuncio para o amor...

ednaliany@superig.com.br

 


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SONHO/CHUVA


(Cleidiner Ventura/Anjo)



A chuva
quando caía
lá distante,
em minha terra...

era um momento mágico,
por horas eu ficava
na vidraça observando

os desenhos que ela fazia
ao escorrer pelo vidro;
quantos anjos,
passarinhos,
buquê de flores
não vi.

Se muito frio
estivesse,
com os dedos eu desenhava,
no vapor
meus lindos sonhos.

Me pergunto quase sempre,
- porque hoje eu não vejo
as imagens que via antes,
se a chuva continua
a lavar minha vidraça?

Porque não desenho,
os lindos sonhos
que tinha?

Será que de tão sonhados
perderam-se
no tempo...
ou tornaram-se
realidade?!

cleidiner@terra.com.br



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SUEÑO/LLUVIA

 

(Versão em espanhol de:

Alberto Peyrano)

 

La lluvia
cuando caía
allá lejos,
en mi tierra...
era un momento muy mágico,
en que por horas quedaba
en la ventana observando
los dibujos que ella hacía
al resbalar por el vidrio;
cuantos ángeles,
pajaritos,
ramos de flores
yo vi.

Si mucho frío
hacía,
con mis dedos en la escarcha,
dibujaba
lindos sueños.

Me pregunto casi siempre,
por qué hoy ya no veo
las imágenes de antes,
si la lluvia continúa
visitando mi ventana?

Por qué no dibujo,
los lindos sueños
que tuve?

Será que de tan soñados
Se perdieron
En el tiempo...
o realidad
se volvieron?

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O PRANTO DA CHUVA



(Thereza Mattos)



Olho a chuva pela janela embassada
Dia cinzento no frio de agosto
As gotas descem na vidraça gelada
Como as lágrimas que rolam de meu rosto....

Meu coração também chora comigo
Cúmplice de minha mágoa e dor
Porque não estou contigo
Porque já não me tens amor...

Mas amanhã talvez venha a calma
O sol brilhará outra vez
Secando as lágrimas de minh´ alma
Curando minha embriaguez...
(15-04-2004)



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TROVA

 

(Clevane Pessoa de Araújo Lopes)

 

A chuva que cai das nuvens
bem depressa molha o chão...
Outra chuva, no meu rosto,
subiu-me...do coração...

 

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A CHUVA E EU...

 

(Clevane Pessoa de Araújo Lopes)

Da janela, assisto a dança circular de um aguaceiro...
Vejo a chuva, em coreografia alucinada,cair
em milhões de gotículas cristalinas...
Minha alma de artista se encanta e emociona.

Quero escrever a respeito, fotografá-la, desenhá-la,
buscar a filmadora e eternizar o momento.
Bem que as cigarras cantaram durante o início da tarde
em ritmo cadenciado, sob a batuta de secreto maestro...

Bem que a cicatriz do tornozelo doeu em aviso soturno...
Respiro fundo, em acalmia, sem lembrar
por um instante breve,que a tempestade
poderá trazer desgraças,pois a alegria
que a beleza toda traz, é muito forte!

Então saio do encantamento para a realidade:a chuva cessa,
e ponho-me a pensar em quantas pessoas devem
ter ficado desabrigada,sem seus lares e objetos,
quantas adutoras se romperam, tantos muros
e paredes caíram,quanta enxurrada fez morros
se desmancharam,bocas -de-lobo se entupirem
pessoas de todas as idades morrerem.

Então uma precipitação de chuva enche meus olhos
e chovo e trovejo!
Quando ligo a TV, mais tarde, a voz do repórter anuncia
que apesar da chuva forte da tarde, ninguém morreu.
Então um sorriso de sol abre-se em minha face.
Respiro aliviada e vou escrever uma carta...

 

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CHUVA

 

(Priscila de Loureiro Coelho)

Pranto inesperado e natural
Lavando a alma, escorrendo emoção
Refrescando lentamente o coração

Ah!...Sentimento sem igual
Embevecido e revigorado
Sem futuro e nem passado

Chove desabando a tempestade
Sem espaço e sem dimensão
Chove, florescendo a paixão

Chove, agora a garoa
É ausência, sem claridade
Nos respingos da saudade

 

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CHUVA

(Pedro Valdoy)

Cai chuva
no meu coração
talvez de um amor
esquecido

São gotículas
como setas
que caem do céu
a lembrar que ainda existes

Não, esquecido não estou
Aquele amor perdurou
e ainda hoje o sinto
no palpitar do meu coração

Lembras-te
daquele jardim
onde o rouxinol
entoava seus trinados
em nosso redor?

Virás
como uma gota de chuva
de novo ao meu encontro?

Então
cânticos celestiais
entoarão em teu louvor
e as lágrimas de felicidade
cairão aos teus pés.

 

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QUE VENHAM AS CHUVAS!

 

(Brígida Ruchleimer - 17/04/2004)

Que venham as chuvas de verão...
Para lavar todas minhas mágoas
Limpando minhas feridas
Deixando minha alma sem máculas
Renovando-me inteiramente
Sentindo-me renascida
Pronta para viver
Pronta para amar
Pronta para errar
Isso mesmo... errar...

É errando que se aprende e se progride
E eu não quero me sentir estagnada..
Parada no tempo...
Esperando Godot ad eternum...

Num dia a dia já rotineiramente conhecido...
Quero me sentir livre
A cada momento ousar
Sem medo de voar...
Sem medo de me molhar...

Então... que venham as benditas chuvas de verão
Trazendo mil promessas de vida ao meu coração....

 

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EU E A CHUVA

 

( Rose Arouck)

Gosto da chuva ligeira
Da grossa chuva passageira
Que levanta poeira do chão.
Que deixa um cheiro
De terra molhada

Lembranças escoadas
Que ensopa minha emoção,
Fluindo em mim águas passadas
Tornando a memória encharcada
De saudade do que foi em vão.

De folguedo que não vai voltar...
Gosto de ver seus inúmeros pingos,
Sentir no meu rosto os respingos
Junto à tristeza que me faz lembrar.

De ouvir seu barulho espalhando
Nas calçadas com força levando
Os conflitos com destino perdido.
Impondo a terra seu real poderio,
Depois estanca deixando um vazio
E a certeza de um dia vencido.

Retorno a bonança de minha ansiedade
O sol se espalha por toda a cidade
E eu fico assim como fera no cio.

 

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MILAGRE

(Nilson Matos Pereira)

Despenca do céu, divina
Uma chuva cristalina
Molhando, enfim, seca terra
O lavrador agradece
E faz a Deus sua prece
Por ter vencido uma guerra

Essa chuva abençoada
Há tanto tempo esperada
Que não tem cheiro e nem cor
É torneira que se abre
Tem o gosto do milagre
Na vida do agricultor

(Araranguá, 180404)

 

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CHUVA EM PÓ...


(Olga Matos/maio /00)


Tarde de chuva em poeira,
cai fininha... bruma só...
bordados da timidez,
no lençol da chuva em pó!

Ecos lançados ao céu,
como se de gotas fossem
aurindo do azul ao léu,
tufos de algodão doce!

No doce da chuva fina.
da cortina de garoa,
numa tarde tão menina,
jogando conversa à toa!

Sigo pela trilha, sigo,
a matutar rima pura,
sob a chuva poetizo.
encharcada de ternura!


(Novo Hamburgo/RS 18/04/2004)

 

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CHUVA

 

(Tahyane)

Chuva cai
Lava o solo
Semeia a terra
Limpa todas as mazelas
Brilham gotas cristalinas
nas vidraças da janela

Chuva cai
e traz lembranças
na água que é seiva de Deus
É água abençoada
que limpa os pecados meus

Chuva forte de verão
vai-se embora de repente
como a ilusão da paixão
A que chega de mansinho
traz amor ao coração.

Chuva, água bendita
o dia que nos faltar
será a nossa desdita

Tahyane ©2004

 

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TRISTE CHUVA


(Mavi Lamas)


É noite...
Chove lá fora...
Na vidraça os pingos se desfazem
No ar um cheiro de terra molhada
As poças se distribuem no asfalto
No céu relâmpagos reluzem
Confundem-se com o barulho dos trovões...
Calçadas molhadas espelham luzes noturnas,
Na rua deserta, as pessoas se dispersam,
A noite travestida de abandono,
Transcorre silenciosa...
Sei da saudade que sinto
Da solidão que me maltrata
Em dias assim tão tristes...
Revejo teu ohar nublado...
No nosso último dia juntos,
Triste, cinzento e frio...
Chuvas violentas
Como são as chuvas de verão,
Do vento que balança
Os galhos das árvores...
Galhos tristes esquálidos...
Como esqueletos se movem
Numa dança sonolenta...
E eu sinto saudades...
Sei da falta que me fazes,
E da espera tristonha a que me imponho

(*Mavi - 18/04/04)

 

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CHUVINHA

 

(Luísa Fernandes - 19/4/04)

Lá fora o sol partiu,
A nuvem passou
E gotejou…
Uma…
Duas…
Três breves lágrimas
Do meu coração.

Observo atrás da janela
O doce cair da chuva
Tão bela!!!
Cheira a terra molhada,
Prenhe desta pequena chuvada,
Delicio-me com ela e lembro
Quanta água para fertilizar a Vida!

A terra sedenta tudo absorve
Tal ventre abençoado
Que quer à força dar à luz
Iluminar o Mundo…
Mas parou de chover…
As lágrimas vou beber…
A terra clama por mais…
Paira no ar um calor
Que corta a respiração!

Por que não chove mais?
Deus, era mais fácil alagar
De vida o planeta de uma só vez…
Do beiral, caem duas, quatro gotículas,

As últimas…
Nada mais…
Adoro a chuva, ela refresca…
Ela renova meus sentimentos…

Mas, Deus sabe,
Só distribui a Vida que quer…
Limpo a tristeza,
Procuro amparo,
A vida é isto, há que viver…

Mais chuva virá e o mesmo sentimento
Tomará lugar da mágoa,
Ela dará nova vida… logo, mais logo…
Talvez um dia…
A vida é linda chova ou faça sol!!!!

 

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VEM CHUVA!

 

(Tarcísio R. Costa)

19-04-04

Vem chuva!
Vem acariciar a natureza
Vem do céu como uma bênção,
Vens alegrar o coração,
Deste mundo de incerteza,

Vem Chuva!
Alimenta os rios e os lagos,
Cuida da beleza dos jardins,
Transforma-te em orvalho,
Suaviza este mundo,
Faz dele paraíso.

Vem chuva!
Quero ouvir o teu som,
Quero sentir o cheiro da terra molhada
A natureza te agradece,
Ficam mais lindas as flores
Mostrando suas alegrias
A natureza é um painel de cores,
O mundo vira magia.

Vem Chuva!
Vou te esperar ao lado do meu amor,
Vamos contemplar a natureza,
A alegria da tua chegada
Imitando a passarada,
No aconchego do nosso ninho,
É um momento gostoso,
Vamos viver o nosso carinho.

 

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QUERÊNCIAS

(Edna Feitosa)

Quero ternura de brisa,
para acariciar o teu rosto.
Doçura de lua cheia
para olhar teu sorriso.
Suave canto de ondas
para afagar teus ouvidos.

Quero gotas de orvalho,
cintilando na ternura de teu olhar.
Então, colher teus suspiros,
tuas palavras de mim.

Nos teus beijos, quero sabor
de mel, suor e caju,
para falar aos teus lábios,
deslizar em tua pele,
ascendendo assim
nosso mútuo encantamento.

Quero carinho de chuva
escorrendo no teu dorso,
chegando assim por acaso,
onde anseias ser tocado.
E ver brotar arrepios
nos passos das minhas mãos.

Quero feliz vaguear
pelas dunas do teu corpo,
enquanto, ansioso, passeias
pelas colinas de minha pele
e rolas nos vales do meu corpo
até se encontrar em cada canto,
guiado por meus carinhos.

Quero aquele abraço terno,
como o aconchego das nuvens,
na entrega do sol posto...
E contigo ver estrelas
no infinito da ilusão...

Edna Feitosa


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NÓS E A CHUVA...


(Dayse Moraes)

Se é na chuva que vai,
se é na chuva que vem,
o sabor nunca sai,
do querer, que se tem.

No gostinho, um apego.
No querer, um desejo.
No escurinho, um chamego.
nas delícias de um beijo.

Se a chuva tempera,
um romântico dengo,
pela chuva quisera,
alcançar teu momento.

Quando chove te quero,
se não chove, também.
Não importa se espero,
o que importa, é se vens...

 

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CHUVA


(Vanderli Medeiros)

Chove lá fora,
E pinga, aqui dentro,
um aguaceiro.
Já nem sei se chove,
fora ou dentro,
ou é meu coração
que goteja de saudade.

Meu pranto
rasga uma tempestade;
o peito
relampeja seu nome...
Águas inundam a cama...
não sei se choro
ou chove em mim.

 

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GOTAS DE CHUVA


(J.B. CARNEIRO - R.J.)

 

O sol desponta radiante...
iluminando as estradas da vida,
lembrando naquela flor,
o desabrochar da margarida.

Os campos de flores silvestres,
exalam no ar, o aroma dos devaneios,
bate forte, aquele coração,
partido e marcado no seio...

Da mente, surgem as lembranças,
do que não deveria ter ido...
ficou somente a temperança...
daquele amor inesquecido.

Nos olhos, sugem tristezas...
em gotas de chuva a rolar,
não quer fazer proeza,
deixa a saudade apertar.

recebe as lágrimas com carinho...
a fazer caminho pelo rosto teu.
apara as gotas de mansinho...
nos lábios que foram meus.


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GUARDA-CHUVA

 

(Vanessa da Silva Graça - 30/1/2003)

 

Mas quando parar de chover,
Vou ter de fechar
O meu guarda-chuva novo,
Acabadinho de estrear.

Que pena vou sentir
De não ver toda a cidade
A sorrir!!...
Mas valeu a pena
Abrir este meu guarda-chuva novo
Muito azul e com florzinhas
E de ver toda esta chuva
A cair...

 

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CHOVE...

(De: Antóno Zumaia)

Chove no meu pobre coração...
São as lágrimas de uma vida ,
já desfeitas de uma ilusão ,
que um dia me deste querida...

Chove no meu pobre coração...
Pobre deserto do teu viver ;
Ergo desesperado a mão ,
para a tua chuva recolher...

Chove no meu pobre coração...
São pingos de tristesa e dor ,
escorrendo nesta pobre mão ...
Que deixou partir o seu amor .

Sines - Portugal

19.04.04

 

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E A CHUVA NÃO RESPONDEU


(Rosa Magaly Guimarães Lucas) -
Eire

Sentei-me fora da casa a olhar a chuva cair...
Estava triste, sozinha... e o tempo triste também.
Fitei o céu cinza, escuro... sequer o sol a luzir...
Escuro estava meu peito, sem ter junto a mim Meu Bem.

Perguntei à chuva, ao vento: "Aonde é que ele andará?",
Agucei os meus ouvidos... esperei que respondessem...
Nada foi dito... há silêncio... resposta não haverá?
Enche-me a alma de esperança...quem sabe depois expressem

Aquilo que mais espero, aquilo que eu quero ouvir?
Continuei lá sentada, e a chuva sempre a cair
Nos campos agora verdes, cheirando a terra molhada,

Como está também a face de quem espera a resposta.
Seguindo o rio com os olhos, a olhar o campo, a encosta;
Mas para meu desespero, a chuva não disse nada.

 

*******

 


Obrigada, pela visita!
Yara Maria