ALEGRATA
(Yara
Nazaré - 04/10/03)
Ando em largas passadas
Canso e diminuo com calma
O ritmo dos meus passos
Em busca de um caminho
Que me leve ao lugar desejado.
Não, não quero
ir "para Pasárgada"
Para lá há muito
tempo
O poeta Manuel Bandeira já
foi
E muito contente por lá
ficou
Com tudo de bom que encontrou.
Mas já fiz a minha
escolha
Seguir as cores do arco-íris
Para chegar em Alegrata
E se ela existe... não
sei
Mas com certeza a inventei
Em um momento de lucidez!
Não importa se lá
não tem
A rainha com falsa demência
Nem um lendário peixe-boi
Para suas histórias
me contar
Não, não vou
me importar
Se o rei um amigo já
tem
O que sei é que lá
terei
O que sempre procurei.
Um sorriso estampado
Em cada face animada
O brilho de intensa alegria
Em cada olhar que avistar
A sinceridade sendo a base
Dos seres que vivem lá.
Seres de todas as cores
Que falem o idioma de amores
Mesmo sem grande saber...
Sendo em qualquer remoque
O que importa é querer
ser!
Em Alegrata estarei segura
Com o processo a garantir
O direito de querer ser feliz.
De escolher com liberdade
Ser insana ou comedida
Viver longe da mesquinhez
Sem tristeza, sem melancolia.
E quando o dia se findar
Como o poeta, vou descansar
Agradecer, sorrir e sonhar...
Aguardem-me,
pois em Alegrata
Estou a chegar!
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