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Esta é uma página especial que apresento em homenagem a Irani Gennaro, cujo Currículo já nos remete para o grande talento que ela é na arte musical, nas artes plásticas, na poesia e como escritora de vários títulos, além da pessoa maravilhosa que se revela fraterna, amorosa e atenciosa, em todos os seus momentos cativando a todos. Leia algumas das poesias de Irani Gennaro sob o som da sua linda voz que canta música e letra de sua própria autoria.
Com carinho.
Yara Nazaré

IRANI GENNARO - Iranimel
Sorocaba - SP

. Poetisa, Professora, Maestrina Regente e Artista Plástica.
. Artes Plásticas: 1983 - Menção honrosa no Salão Nacional do Artista, realizado na Galeria Prestes Maia, com o quadro “Paisagem do Interior”.

. Música : 1982 – 1987 – Atuou como Regente do Coral da Estaca Sorocaba Brasil.
. Ensino : 1971 – 1983 : Atuou como professora no Sist. Educacional (jovens 12/18 anos).
. Obra Literária: - Publicados : Murmúrios , Estigmas e Coleção Historia em Rima(6 títulos).
. Tetê O Relógio Sem Tempo, O Sonho Do Ratinho Fofucho, Ka-Cau O Periquitinho Bagunceiro, Zé Sapeca, Os Chinelos Encantados, O Casamento Da Pombinha Rosada.
. Academia: - 1999 – Eleita por unanimidade para a cadeira n.º 28 da Academia Sorocabana de Letras. Tomou posse no dia 25/09/1999
na Academia Sorocabana de Músicas tem como Patrono CARTOLA.

OUVI DIZER
(Música, letra e voz de
Irani Gennaro - Iranimel)

Ouvi dizer
Que o amor é bonito demais
Ouvi dizer
Que se é grande, não se esquece mais
Ouvi Dizer
Que faz inveja a lua,
E que a gente flutua
Sem saber pra onde vai!

Eu sei de cor,
Mil poemas e histórias sem fim,
Coisas do amor
Que contaram pra mim;

Mas, sou eu quem conto agora,
Pra vocês minha história,
Sem princípio ou fim. . .

Senhor meu Deus,
Que fez coisas tão belas,
Será que fez aquele,
Que vai mostrar pra mim. . .

Senhor meu Deus!
Que fez coisas tão belas,
Será que fez aquele,
Que vai mostrar,
Isso tudo pra mim. . .

Ouvi Dizer!


**********

POESIAS

Alguém e Saudade!
(Iranimel)


Quem muito amou neste mundo,
Provou do que a vida tem,
Que importam as lágrimas vertidas,
Se fomos felizes também?

E quão grande é o consolo,
Poder em versos dolentes,
Expressar a doce saudade,
Que existe dentro da gente!

Felicidade é uma estrela,
Brilhando na amplidão,
Fácil e possível é vê-la,
Impossível é retê-la na mão.

Ainda que a vida acabe na morte,
Eu não aceito, não posso crer!
Deus não nos fez vir ao mundo,
Apenas para sofrer!

Porém, não posso afirmar
Que amanhã será tudo beleza!
Porque só “Ele”é quem tem,
De todas as coisas... certeza!

Se a vida fosse um relógio,
Deixaria o meu atrasado,
Pois preciso de muito tempo,
P’ra corrigir meu passado.

Ah! Saudade! Saudade!
Que pra muitos traduz amargor
Para mim vem perfumada,
Um espinho cheirando a flor!

Amigo! Se você amou neste mundo,
Provou o melhor doce que tem,
Que importam as lágrimas vertidas?
Sem amor não somos Alguém!
Sobre a saudade, disse Soares:

“Sombra, fantasma,
Coisa que não se explica,
- Algo de nós que alguém leva,
- Algo de alguém que nos fica”.

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DOIS RUMOS
(Iranimel)


Há um quê, forte e penetrante,
Nesse teu olhar que me delacera,
Pois penetra em emu ser
Como se fosses o domador, e eu a fera!

Quando te vejo rindo, triunfante,
Murmuro em meu peito uma quimera,
Sussurando digo "Ai. . . Quem em dera
Beijar teu róseo lábio provocante!

E temo algumas vezes que endoideça,
Pois que vivo de ilusões formosas,
Faço de ti o meu mundo colorido,
Onde caminho sobre pétalas de rosas!

E esse amor que me acompanha,
Da primavera até o inverno,
Segue sonhando rumo ao Paraíso,
Ao mesmo tempo que me leva ao inferno.

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QUANDO SOMOS AMADOS

(Irani Alves de Genaro)

A tarde findava tão linda!
Meigamente o sol brilhava
A fresca brisa anunciava
Que você estava chegando!

Doce amor há tanto e tanto esperado . . .
De alegria, comigo canta a natureza!
Quanta beleza existe no amor ainda que triste seja,
quando seus ardentes desejos,
confinan-se a longa espera
do momento sonhado!

Entretanto o prazer de se saber amado
deve servir para amenizar
As noites roladas !
Volve-nos, às vezes, um olhar magoado
Que lembra céu sem luar

Mas . . . esperar é um dom
desenvolvendo-se a cada dia,
E a esperança é o guia,
que nos levará até o final desejado,
Quando sinceramente somos amados.

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"UMA FLOR E DUAS PÉTALAS"
(Irani Gennaro - do livro Murmúrios)

A tarde findava mui linda!
O sol brilhava bem manso !
Belas flores nos sorriam
No abandono de um descanso.

Num gesto meigo e gentil
Quiseste uma flor colher .
Não querias magoá-la, bem sei!
Apenas me oferecer!

E numa ingênua alegria ,
Recitando o bem-me-quer,
Despetalavas sorrindo,
Sem notar que ias ferindo
A pobre flor, sem querer !

Porém, chegando ao final,
Duas pétalas deixastes na flor.
E olhando-me disseste: Vês?
Estas eu não vou tirar,
Uma sou EU,
A outra é VOCÊ

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QUADROS NA MENTE
(Iranimel - do livro Murmúrios)

Minha mente é uma enorme galeria
Onde mil quadros, ou mais que mil, já pendurei.
Em todos eles posso ver a tua imagem
A me lembrar que me amou... e que eu te amei!

Talvez tu nem imaginas
Quantas marcas nos caminhos
Nós deixamos, sem notar,
E não dá mais para apagar. . .

Uma rua, uma esquina,
Uma festa, uma canção,
Uma flor ou uma poesia,
São marcas no coração.

O coração está marcado,
E na mente estão pendurados,
certamente, bem mais que mil quadros
E, em todos, eu vejo você!

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BOLHAS DE SABÃO
(Iranimel - do livro Murmúrios)

Certo dia eu brincando sozinha,
Soprando bolinhas para o chão.
Comparei meus sonhos vazios
Às frágeis bolhas de sabão!

Uma a uma, ao nascer,
Fez-se linda!
Multicoloridas, tão leves a voar...
Mas com um tempo de vida tão breve,
Muitas delas morriam no ar!

Outras, às vezes, no entanto,
Tinham maior duração!
Sucumbiam, porém, tão depressa,
Ao menor e mais leve esbarrão!

Virei o canudo para cima,
Para o céu tentei soprar, e pensei:
Quem sabe assim minhas bolhas
Podem mais tempo durar!

Soprei então, com jeitinho,
Separando com carinho,
O tempo de execução...

Pequenas ou grandes, porém,
Todas elas com desdém,
Buscaram a morte no chão!

Pensei então nos meus sonhos,
Um a um se fez lindo ao nascer...
Contudo, frágeis bolhas sopradas,
Um a um eu vi morrer.

**********

COCHICHO
(Do livro Mumúrios de Iranimel)

Havia no céu um cochicho:
Estrelas estavam a revelar
Segredos de um coração,
De amor, de beijo e canção!

Fiquei atenta e ouvi
Teu nome ser pronunciado,
Falavam de mais alguém
De quem eras namorado!

Fiquei louca de ciúmes,
E gritei o meu protesto!
Não pode ser ele não,
Pois deu a mim seu coração!

Foi numa noite estrelada,
Que me declarou seu amor.
Disse palavras tão lindas,
Sorriu e depois me beijou. . .

E a brisa que ia passando,
Deixou no ar uma canção,
Que ficou sendo só nossa!
Vocês não se lembram, não?

Nesse instante eu ouvi
Deliciosas gargalhadas.
As estrelas brilhavam sobre mim,
Eu já não entendia mais nada.

Foi então que, uma delas desceu,
Veio até mim para explicar:
-Tolinha, é sobre vocês dois

Que estamos a cochichar.

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Yara Nazaré



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foi autorizada por Irani Gennaro.