Alguém
e
Saudade!
(Iranimel)
Quem
muito
amou
neste
mundo,
Provou
do
que
a
vida
tem,
Que
importam
as
lágrimas
vertidas,
Se
fomos
felizes
também?
E
quão
grande
é
o
consolo,
Poder
em
versos
dolentes,
Expressar
a
doce
saudade,
Que
existe
dentro
da
gente!
Felicidade
é
uma
estrela,
Brilhando
na
amplidão,
Fácil
e
possível
é
vê-la,
Impossível
é
retê-la
na
mão.
Ainda
que
a
vida
acabe
na
morte,
Eu
não
aceito,
não
posso
crer!
Deus
não
nos
fez
vir
ao
mundo,
Apenas
para
sofrer!
Porém,
não
posso
afirmar
Que
amanhã
será
tudo
beleza!
Porque
só
“Ele”é
quem
tem,
De
todas
as
coisas...
certeza!
Se
a
vida
fosse
um
relógio,
Deixaria
o
meu
atrasado,
Pois
preciso
de
muito
tempo,
P’ra
corrigir
meu
passado.
Ah!
Saudade!
Saudade!
Que
pra
muitos
traduz
amargor
Para
mim
vem
perfumada,
Um
espinho
cheirando
a
flor!
Amigo!
Se
você
amou
neste
mundo,
Provou
o
melhor
doce
que
tem,
Que
importam
as
lágrimas
vertidas?
Sem
amor
não
somos
Alguém!
Sobre
a
saudade,
disse
Soares:
“Sombra,
fantasma,
Coisa
que
não
se
explica,
-
Algo
de
nós
que
alguém
leva,
-
Algo
de
alguém
que
nos
fica”.
**********
DOIS
RUMOS
(Iranimel)
Há
um
quê,
forte
e
penetrante,
Nesse
teu
olhar
que
me
delacera,
Pois
penetra
em
emu
ser
Como
se
fosses
o
domador,
e
eu
a
fera!
Quando
te
vejo
rindo,
triunfante,
Murmuro
em
meu
peito
uma
quimera,
Sussurando
digo
"Ai.
.
.
Quem
em
dera
Beijar
teu
róseo
lábio
provocante!
E
temo
algumas
vezes
que
endoideça,
Pois
que
vivo
de
ilusões
formosas,
Faço
de
ti
o
meu
mundo
colorido,
Onde
caminho
sobre
pétalas
de
rosas!
E
esse
amor
que
me
acompanha,
Da
primavera
até
o
inverno,
Segue
sonhando
rumo
ao
Paraíso,
Ao
mesmo
tempo
que
me
leva
ao
inferno.
**********
QUANDO
SOMOS
AMADOS
(Irani
Alves
de
Genaro)
A
tarde
findava
tão
linda!
Meigamente
o
sol
brilhava
A
fresca
brisa
anunciava
Que
você
estava
chegando!
Doce
amor
há
tanto
e
tanto
esperado
.
.
.
De
alegria,
comigo
canta
a
natureza!
Quanta
beleza
existe
no
amor
ainda
que
triste
seja,
quando
seus
ardentes
desejos,
confinan-se
a
longa
espera
do
momento
sonhado!
Entretanto
o
prazer
de
se
saber
amado
deve
servir
para
amenizar
As
noites
roladas
!
Volve-nos,
às
vezes,
um
olhar
magoado
Que
lembra
céu
sem
luar
Mas
.
.
.
esperar
é
um
dom
desenvolvendo-se
a
cada
dia,
E
a
esperança
é
o
guia,
que
nos
levará
até
o
final
desejado,
Quando
sinceramente
somos
amados.
**********
"UMA
FLOR
E
DUAS
PÉTALAS"
(Irani
Gennaro
-
do
livro
Murmúrios)
A
tarde
findava
mui
linda!
O
sol
brilhava
bem
manso
!
Belas
flores
nos
sorriam
No
abandono
de
um
descanso.
Num
gesto
meigo
e
gentil
Quiseste
uma
flor
colher
.
Não
querias
magoá-la,
bem
sei!
Apenas
me
oferecer!
E
numa
ingênua
alegria
,
Recitando
o
bem-me-quer,
Despetalavas
sorrindo,
Sem
notar
que
ias
ferindo
A
pobre
flor,
sem
querer
!
Porém,
chegando
ao
final,
Duas
pétalas
deixastes
na
flor.
E
olhando-me
disseste:
Vês?
Estas
eu
não
vou
tirar,
Uma
sou
EU,
A
outra
é
VOCÊ
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QUADROS
NA
MENTE
(Iranimel
-
do
livro
Murmúrios)
Minha
mente
é
uma
enorme
galeria
Onde
mil
quadros,
ou
mais
que
mil,
já
pendurei.
Em
todos
eles
posso
ver
a
tua
imagem
A
me
lembrar
que
me
amou...
e
que
eu
te
amei!
Talvez
tu
nem
imaginas
Quantas
marcas
nos
caminhos
Nós
deixamos,
sem
notar,
E
não
dá
mais
para
apagar.
.
.
Uma
rua,
uma
esquina,
Uma
festa,
uma
canção,
Uma
flor
ou
uma
poesia,
São
marcas
no
coração.
O
coração
está
marcado,
E
na
mente
estão
pendurados,
certamente,
bem
mais
que
mil
quadros
E,
em
todos,
eu
vejo
você!
**********
BOLHAS
DE
SABÃO
(Iranimel
-
do
livro
Murmúrios)
Certo
dia
eu
brincando
sozinha,
Soprando
bolinhas
para
o
chão.
Comparei
meus
sonhos
vazios
Às
frágeis
bolhas
de
sabão!
Uma
a
uma,
ao
nascer,
Fez-se
linda!
Multicoloridas,
tão
leves
a
voar...
Mas
com
um
tempo
de
vida
tão
breve,
Muitas
delas
morriam
no
ar!
Outras,
às
vezes,
no
entanto,
Tinham
maior
duração!
Sucumbiam,
porém,
tão
depressa,
Ao
menor
e
mais
leve
esbarrão!
Virei
o
canudo
para
cima,
Para
o
céu
tentei
soprar,
e
pensei:
Quem
sabe
assim
minhas
bolhas
Podem
mais
tempo
durar!
Soprei
então,
com
jeitinho,
Separando
com
carinho,
O
tempo
de
execução...
Pequenas
ou
grandes,
porém,
Todas
elas
com
desdém,
Buscaram
a
morte
no
chão!
Pensei
então
nos
meus
sonhos,
Um
a
um
se
fez
lindo
ao
nascer...
Contudo,
frágeis
bolhas
sopradas,
Um
a
um
eu
vi
morrer.
**********
COCHICHO
(Do
livro
Mumúrios
de
Iranimel)
Havia
no
céu
um
cochicho:
Estrelas
estavam
a
revelar
Segredos
de
um
coração,
De
amor,
de
beijo
e
canção!
Fiquei
atenta
e
ouvi
Teu
nome
ser
pronunciado,
Falavam
de
mais
alguém
De
quem
eras
namorado!
Fiquei
louca
de
ciúmes,
E
gritei
o
meu
protesto!
Não
pode
ser
ele
não,
Pois
deu
a
mim
seu
coração!
Foi
numa
noite
estrelada,
Que
me
declarou
seu
amor.
Disse
palavras
tão
lindas,
Sorriu
e
depois
me
beijou.
.
.
E
a
brisa
que
ia
passando,
Deixou
no
ar
uma
canção,
Que
ficou
sendo
só
nossa!
Vocês
não
se
lembram,
não?
Nesse
instante
eu
ouvi
Deliciosas
gargalhadas.
As
estrelas
brilhavam
sobre
mim,
Eu
já
não
entendia
mais
nada.
Foi
então
que,
uma
delas
desceu,
Veio
até
mim
para
explicar:
-Tolinha,
é
sobre
vocês
dois
Que
estamos
a
cochichar.
**********