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Com muito carinho e alegria, apresento
a Página de Duetos Amigos.
Yara Nazaré

 

CAROLINA E MARCIAL

 

A NATUREZA É LINDA

(Carolina é minha netinha e, atualmente, tem 9 anos).

(Carolina Nazaré - 03/04/03)

A natureza é tão linda
E se mistura
Com o cheiro da pele
A pele e a natureza
Se juntam ao amor.

O cheiro da pele
Se mistura
Com o cheiro das rosas da terra.

A borboleta e os pássaros
Se juntam a flor da pele
O urso se chama
Urso da natureza
Ele tem suas peles
E ama as pessoas!


BELA NATUREZA BELA


(Marcial Salaverry)
03/04/2003

A Natureza sempre nos inspira a poetar...
Quero aqui te acompanhar,
para suas belezas homenagear...
de um por do sol falar...
com um nascer do sol se emocionar...
com a chuva se encantar...
com as flores em sua explosão multicor...
com o verde dos campos... onde o olhar for...
no outono, as folhas caindo,
na primavera as flores se abrindo..
no verão... o sol a nos aquecer...
no inverno... o frio nos faz tremer...
na chuva a caminhar...
que importa se ela nos molhar...
Vamos curtir a Natureza...
viver com amor sua beleza...

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YARA E MARCIAL

 

O AMOR QUE VEIO DO MAR

(Marcial Salaverry e Yara Nazaré)
(03/04/03)

O mar e seus insondáveis mistérios,
sempre nos encanta e fascina...

Meu pensamento viaja longe
Encantado com tanta beleza
Embala nossos sonhos...
Leva-nos no embalo de suas ondas,

Suspiro e sinto no ar úmido
Um olor suave do mar
em seu gostoso marulhar...
Perdemo-nos em devaneios...

São meus sonhos de encontrar
Na vaga da onda a imagem querida
Assim é o mar, mexendo com nossa alma...
Quando em suaves marolas, nos acalma...

Enche meu coração de alegria
No vai e vem das ondas em sintonia
Quando ruge enraivecido, agita nosso sentir...
Reflete bem nosso espírito...

Querendo encontrar a felicidade
Em uma aventura singular
Ora calmo, desmanchando-se na praia,
em suave marolar,

E o vento que sopra calmo
Anuncia que é a hora da chegada
como que dizendo... aqui há mar...
venha para me amar...

Do ser que tanto espero
Que chega e me carrega
Suspensa em seus braços fortes
Ora vivendo as agruras de um amor perdido,
fica triste, enraivecido...

O vento de longe observa
Enciumado por ter promovido
O encontro com o meu amado
invade a praia em forte ressaca,
tudo levando de roldão...

Vê na minha face estampada
A certeza do amor alcançado
Ouça o chamado do mar...
Alguém que quer te amar...

E continua seu curso embalado
Leva na espuma das ondas...
A esperança a outro lugar!

Marcial Salaverry
Yara Nazaré

 

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YARA E MARCIAL

 

TODAS AS FLORES

 

Yara Nazaré e Marcial Salaverry

(Yara Nazaré - 28/04/03)

Fostes chegando de mansinho
E um doce olor se foi sentindo
Rosas vermelhas e "Sempre Vivas"
Flores e muitas flores coloridas
Rosas cor de rosa aveludadas
Flores de um tom amarelado
Eram tantas as flores que trazias
Enchendo de cheiros o teu carro.

E no meio das flores lá estavam
Brilhando no branco imaculado
Os lindos Copos de Leite
Entre tantas flores enfeitavam
Deixando o meu sorriso, iluminado.

Estavas chegando de viagem
E lá, na cidade das flores, passastes
Abusastes em frente da florista
Comprando todas as que podias
Trazer para enfeitar nossos abraços.

Nossa casa ficou toda florida
Perfumada com o olor da natureza
De tantas flores que trouxestes
Todas de singular beleza.
E agora contigo perto de mim
E tantas flores perfumadas
Findou de vez a minha saudade.

 


ROSAS DE AMOR

(Marcial Salaverry)

Rosas são flores queridas,

indicam sempre um sentimento

de amor, de carinho...

por vezes um lamento...

As rosas vermelhas indicam

uma forte paixão...

um sentimento gostoso...

uma forte atração...

Uma graça de mulher,

que desperta paixão,

a ela eu amaria...

com muita emoção...

Oferecer-lhe rosas...

poderia...

deixá-la-ia toda prosa...

sei que gostaria...

Ficaria emocionada,

me beijaria...

Talvez apaixonada

eu a deixaria...

Quem sabe se rosas

eu ofertasse...

Ela, toda dengosa

me abraçasse e beijasse...

 

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YARA E MARIETE

 

FARSA DE MIM
(Linguagem teatral)

(Yara Nazaré - 29/04/03)

Uma Homenagem a:

MARIETE LANZONI

O sonoplasta solta a música
E as cortinas ao abrir deslizam
Nos bastidores aguardo o sinal
Ansiosa para entrar em cena
Entro no palco e me vejo
Como a protagonista
Na interpretação de mim.

O cenário é de um belo jardim
Montado artisticamente
No urdimento das varas
Sob a Bambolina-Mestra
Que me regula na boca-de-cena
Enquanto a luz do proscênio
É projetada brilhante em mim.

Lá atrás da rotunda
Atores coadjuvantes aguardam
O momento de entrar no enredo
E contracenar comigo
Na farsa histórica de um tempo
Cuja trama fala de romance
Com ares de pura comédia
Provocando os risos da platéia.

Obedeço o tempo e o espaço
Dos ruídos e efeitos sonoros
Dos elementos de cada cena
Sigo no texto das minhas falas
Sem precisar usar as dálias.

De repente me vejo a sorrir
Sou atriz e sou travessa
Vez por outra sou tentada
E no palco apronto e arrisco
No improviso de um caco
Deixo o elenco aos saltos
E ouço alguém dizer baixinho
"Isso não estava no ensaio..."
Mas não me atrapalho
Sigo feliz representando
E a peça chega ao fim...

Entre o espaço da Quarta Parede
Aproximo-me do proscênio
Cercada de todo o elenco
Para o agradecimento final
As luzes da ribalta refletem
O nosso maquiado sorriso
A peça foi um sucesso
O público animado aplaude
Levanta-se e pede bis!





RASGANDO A MÁSCARA


(Mariete Lanzoni)



De tudo o que restou, foi uma vaga lembrança
De meus tempos de inocência, pura criança,
Em que sonhava com tamanha indecência,
Poetar, representar, dramatizar, esculachar.

Realizo sonhos então impossíveis,
Metas sem cabimento, desejos reprimidos.
Ainda sinto na pele a falta de incentivo,
Só que a magia de representar, é minha força
E por mais que alguém torça pelo meu fim,
Abre-se a cortina e solto a garra de mim...

Uma cena perfeita, uma cena de amor...
Um amor distante, além do horizonte,
Um desejo de atravessar mares desconhecidos,
Povos nunca antes desvendados, uma cena...
Uma cena de amor...
Um bem que nunca havia abraçado,
Um olhar profundo, o último e derradeiro adeus.
"- Por Deus! Onde foi parar aquele sentimento?
- Que sentimento você se refere? O de pena?
- Seu coração é falso, gelado, amargurado...
- Eu a amo, como se ama uma criança, uma flor...
- Eu o amo, como se ama o desejo, isso é amor!
- Prefiro morrer só a tê-la em meus braços...
- Sem seus abraços, prefiro morrer de dor!
- Então façamos um trato:
- Comemos no mesmo prato,
- Para morrermos juntos envenenados.
- Triste fim, sinto a boca seca sem seus beijos...
- Um beijo ardente e nada mais!
-Beijo selando a vida que se esvai, olhe pra mim...
- Fecho meus olhos para a terra fria...Adeus!
-Por Deus! Morremos juntos, juntos até o fim!
(Fecha a cortina...)



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YARA E IRANI

 

SAFADEZA NA ROÇA


(Irani A. de Genaro e Yara Nazaré)

Chica!
Que tar hoje ne noite
nóis duas pulá a janela
atravessá a pinguela
pa i dançá no crube do Zé?


E ocê tá doidia mermã
Isqueceu qui sô casada
E qui tô aqui só de féria
Se o nosso pai adiscobre
Conta pro senhô meu marido
E ele rái e matá eu
Atira cum o três oitão
No meio do meu bucho
Além deu virá peneira
de mim, rái fazê sarapaté.

Si o pai discobri i priguntá
o que nóis tava fazeno lá fora
nóis põe a curpa na canjica
morde que cumemo tanto
que inté deu dor de barriga
e num deu tempo pa usá o vaso
e tivemo que ir na casinha.


E ocê tá doidia mermã
Nosso pai é linguarudo
Rái ficá doidio de brabo
E na roça toda rái ispalhá
Meu marido é cabra isperto
Rái tombém ouvi contá
Me óia cum os óio aceso
Num tira forga de mim.
Sabi qui sô sua irmã
E inté confia im ocê
Mas num dexa eu saí na noite
Se num fô acoxada nele.

Eu escutei dizê, que têm gente nova
dois gato de bota vremeia
e de camisa xadreis
deve de se argum Ingreis
já pensou se eles gostá di nóis?

E ocê tá doidia mermã...
Meu marido marta os dois
Cum dois tiro do três oitão
Bem no mei do bucho deles
E o qui sobrivivê rái corrê inté
Num inxergá mais ninguém atrás
Adispois mata nós duas tombém
E inda leva flor no funerá.

Ara mai
anssim num vai dá
pra eu disincaiá
ocê inté que teve sorte
de acha um valentão
mai, eu fiquei lambendo
o dedão
porque ocê viu ele premero
mai si fosse eu qui tivesse visto
Hum...
num sei não
quem é que
ficava na mão!


Ocê dêxa di bestera
Qui ocê num fica pra titia não
Meu marido tem um primo
Qui tá vexado pra casá
Qui topa minina linda
qui nem ocê.
Ele leva o dito cujo junto
Pra se cunhecê vosmicê.
Entonces rái sê casamento na roça
Cum direito a paçoca e mungunzá
Até fartá o bucho dos cunvidado
Pra adispois nós dançá no roçado
Festejando o casório de ocês!
E tudo dá certo trá vez!


FIM

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Obrigada pela Visita!
Yara Maria